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Quem será o novo Warren Buffett? Ele é Philip Falcone, diz gestor

Ocupar o lugar do famoso “oráculo” será difícil, mas uma empresa de investimentos americana defende a sua aposta

Uma das apostas de Falcone é a Spectrum Brands, que detém a marca Rayovac (Divulgação)

Uma das apostas de Falcone é a Spectrum Brands, que detém a marca Rayovac (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2011 às 17h56.

São Paulo – Quem não gostaria de encontrar um novo Warren Buffet e delegar a ele os seus investimentos, enquanto o gênio dos investimentos descobre uma pequena empresa mal avaliada pelo mercado, que vale poucos milhões de dólares, e então a multiplica por 100? Procurar pelo novo oráculo não é uma ideia original, mas isso não impede a tentativa de tentar encontrá-lo.

Foi o que fez Christopher P. Mittleman, gestor e sócio da pequena empresa de investimentos americana Mittleman Brothers. Em uma carta de quatro páginas enviada para os clientes (clique para abrir o documento), o executivo defende que Philip Falcone, um investidor bilionário dono da Harbinger Group, atende vários requisitos que podem levá-lo a ser visto no futuro como um investidor fora do comum como Buffett e a sua Berkshire Hathaway.

Ele explica que os gênios dos investimentos são como ações, ou seja, têm altos e baixos. E como as suas empresas também são negociadas em bolsa, comprá-las quando há uma crise de credibilidade nas decisões dos “gurus” pode ser um negócio e tanto. Mittleman evoca a sua aposta no primeiro veículo de investimentos de Carl Icahn, aclamado especialista em fusões e aquisições nos EUA, em 1996.

O gestor comprou ações baratas da companhia de Icahn porque, apesar de ele ser muito respeitado, a sua reputação estava em baixa. Ele havia perdido quase todo o seu investimento na companhia aérea TWA após o 2º pedido de falência, além das apostas na Marvel Entertainment, que em 1996 também entrou pelo cano.

“Com a simples premissa de que décadas de investimentos com retornos espetaculares não são desfeitas por uma ou duas apostas equivocadas, decidimos corretamente que ele não tinha se tornado um investidor incapaz na metade da década de 1990 e ele voltou a ser considerado mais uma vez um gênio uma década depois. O desconto para o valor líquido dos ativos da empresa que atormentou por muitos anos se tornou de repente um prêmio substancial”, destaca.

O gestor afirma que vê hoje a mesma oportunidade de sucesso com a Harbinger, empresa de Philip Falcone. O investidor bilionário também passa por uma crise. O seu hedge fund Harbinger Capital Partners fez uma aplicação que tem sido muito questionada da empresa de redes sem fio LightSquared. A companhia pretende construir uma rede 4G que irá vender a sua capacidade para vários clientes no atacado.

O fundo, contudo, está perto de ser liquidado, sofrendo massivos pedidos de resgates. Os investidores ficaram irritados por terem aplicado com o pensamento de que o foco de Falcone era a aposta em empresas com potencial de crescimento de valor, e não em uma empresa em estágio inicial de desenvolvimento. A Harbinger, contudo, não tem recursos aplicados na LiightSquared, apenas o hedge fund.

“Quando investidores ou empresários excepcionais tomam o controle de uma empresa pública não muito notável, isso é normalmente um presságio para uma transformação lucrativa e que os investidores também podem levar vantagem, caso percebam o que está acontecendo antes que Wall Street perceba a metamorfose em andamento”, diz. Mittleman confia que as empresas investidas por Falcone, como a Spectrum Brands- que detém marcas como a de pilhas e baterias Rayovac. As ações da empresa estão em queda de 15% em 2011, cotadas a 26 dólares. Mittleman acredita que elas deveriam valer 48 dólares. Os papéis da Herbinger estão em baixa de 19%.

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