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Queda nas vendas do varejo acelera e chega a 7,7% em abril, aponta índice da Stone

Maior quantidade de feriados prolongados impactou negativamente em conjunto com ambiente macroeconômico deteriorado

Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou contínua melhora (Leandro Fonseca/Exame)

Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou contínua melhora (Leandro Fonseca/Exame)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 11 de maio de 2023 às 13h38.

O varejo segue em momento mais complexo do que se previa. No mês de abril de 2023, as vendas no varejo caíram 7,7%, em relação ao mesmo período de 2022, de acordo com a nova edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo. O estudo é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros, em parceria com o Instituto Propague

"O resultado de abril é uma queda relevante, mas ao mesmo tempo esperada. Quarta versão do índice stone e já tem os mapeado esse comportamento do varejo andando de lado neste ano", diz Guilherme Freitas, cientista de dados do Instituto Propague e um dos pesquisadores responsáveis pelo indicador. Em março, o índice já tinha caído 1,1%.

De acordo com o pesquisador, a maior quantidade de feriados prolongados impactou negativamente as vendas. Mas as quedas recentes podem levar também a mudanças na cesta de consumo. "Pode mudar a cesta que o consumidor compra. Tem setores que estão se saindo melhor e outros piores", diz Freitas.

Entre todos os segmentos, apenas o de artigos farmacêuticos apresentou contínua melhora, com alta de 3,2% no volume de vendas, no comparativo anual e alta de 0,5% no comparativo mensal em abril. E seis segmentos não conseguiram alcançar resultados positivos, com a maior queda no setor de livros, jornais, revistas e papelarias (13,5%), tecidos, vestuário e calçados (12,3%), sub-segmento hipermercados e supermercados (11,8%), móveis e eletrodomésticos (7,6%), material de construção (6,4%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,7%).

Metodologia

O índice considera apenas as vendas em pontos físicos que passam pelas maquininhas da empresa. Hoje, a base de clientes da Stone super o marco de 2 milhões. No futuro, o objetivo é incluir também dados de vendas digitais.

A Stone vai utilizar a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar aos Estados Unidos. O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia, inicialmente, os seguintes segmentos:

  1. Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;
  2.  Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;
    1. Hipermercados e supermercados (é um sub-segmento);
  3. Livros, jornais, revistas e papelaria;
  4. Móveis e eletrodomésticos;
  5. Tecidos, vestuários e calçados;
  6. Material de Construção
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