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Queda das bolsas globais é oportunidade de compra, dizem Citi e Goldman

Índice mundial de ações acumula 7% de queda, diante de expectativas de aperto monetário nos EUA e ameaça de guerra na Ucrânia

TV transmite quedas no mercado de ações em frente à Nasdaq, em Nova York | Foto: Michael Nagle/Bloomberg via Getty Images (Michael Nagle/Bloomberg via/Getty Images)

TV transmite quedas no mercado de ações em frente à Nasdaq, em Nova York | Foto: Michael Nagle/Bloomberg via Getty Images (Michael Nagle/Bloomberg via/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 26 de janeiro de 2022 às 15h09.

O mercado acionário global caminha para encerrar o pior mês desde o início da pandemia. Para estrategistas de gigantes como Goldman Sachs Group e Citigroup, agora é hora de comprar.

“Qualquer fraqueza adicional e significativa no nível do índice deve ser vista como oportunidade de compra”, recomendaram estrategistas do Goldman, incluindo Peter Oppenheimer, em nota divulgada nesta quarta-feira. No entanto, estrategistas do Citi, incluindo Robert Buckland, entendem que “a rápida mudança no sentimento em relação a ações com perfil de crescimento pode ficar mais lenta à medida que os rendimentos reais se estabilizam”.

As bolsas tiveram um início de ano difícil, diante do aumento nos rendimentos dos títulos de renda fixa, das expectativas de aperto monetário nos EUA e da ameaça de guerra na Ucrânia. O índice global MSCI ACWI acumula queda de 7% em janeiro e caminha para fechar seu pior mês desde março de 2020. O índice S&P 500 escapou por pouco do território de correção na terça-feira, terminando em baixa de mais de 9% em relação ao recorde atingido em 3 de janeiro.

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“O mais importante para as ações daqui para frente é o quanto as expectativas sobre elevação dos juros e sobre as condições financeiras atingirão o crescimento”, afirmou Oppenheimer, do Goldman, em entrevista à Bloomberg Television. “Isso será fundamental para determinar onde os mercados de ações se estabilizam.”

Os estrategistas do Citi transmitiram visão semelhante no relatório divulgado hoje, afirmando que a lista de fundamentos e fatores que determinam se o mercado se tornou pessimista sugere que é hora de comprar na baixa. Os profissionais do Citi são particularmente otimistas com mercados fora dos EUA e preferem setores defensivos, como os de bens de consumo e saúde, no Reino Unido e no Japão.

Essa visão positiva não é consenso. Estrategistas do Barclays liderados por Emmanuel Cau escreveram em nota hoje que fundos mútuos e investidores de varejo continuam com alocação “muito acima do peso” em ações e, portanto, é possível haver um movimento adicional de redução de riscos se os fundamentos piorarem.

Mas as análises otimistas estão mais frequentes. Estrategistas do Bank of America escreveram na terça-feira que os investidores devem “comprar na baixa” em determinadas situações nas bolsas dos EUA, recomendando ações de empresas com fundamentos robustos e menor vulnerabilidade a questões macroeconômicas, incluindo as fabricantes de semicondutores Applied Materials e Broadcom.

Os estrategistas do Wells Fargo estiveram entre os primeiros a recomendar a compra de papéis. Na terça-feira, eles divulgaram um relatório afirmando que é “hora de colocar dinheiro novo para trabalhar”.

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