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Queda da T4F na bolsa torna ação atraente, diz banco

Impacto da perda do Cirque du Soleil para empresa de Eike reduz geração de caixa em 16%


	Espetáculo Varekai ainda será conduzido pela T4F até fevereiro de 2013
 (Getty Images)

Espetáculo Varekai ainda será conduzido pela T4F até fevereiro de 2013 (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 11h43.

São Paulo – As ações da Time for Fun (SHOW3) despencaram 17% na terça-feira após o anúncio do acordo entre a IMX, joint-venture de Eike Batista com a IMG Worldwide, e o Cirque du Soleil, que criou a IMX Arts e levou a exclusividade da realização das turnês do grupo canadense na América Latina. Para os analistas do BTG Pactual, contudo, a queda foi muito expressiva e torna os papéis atraentes.

A T4F já realizou quatro turnês do Cirque du Soleil na América do Sul. Atualmente promove o espetáculo Varekai, com previsão de encerramento em fevereiro de 2013, em Lima no Peru. Além disso, comanda as datas do espetáculo Corteo, cujo início das apresentações está marcado para o início de março, ficando em turnê até janeiro de 2015.

“Através desta nova parceria a marca Cirque du Soleil aterrissa no Brasil com toda sua magnitude, potencial de negócios e novos produtos nunca vistos antes por aqui”, disse Alan Adler, CEO da IMX, em evento realizado nesta terça-feira. A possibilidade de um aumento da concorrência sempre era lembrado por analistas das ações da Time for Fun.

A concorrência pode até chegar à bolsa. Adler disse que uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) faz parte dos planos da empresa. "Existe essa possibilidade e sempre foi considerada. Não há prazo, mas há essa ideia", disse.

Impacto

Segundo o analista do BTG, Carlos Sequeira, o acordo com a empresa de Eike é um lembrete aos investidores de que as barreiras de entrada nesse tipo de negócio são baixas e os relacionamentos de longo prazo podem encerrar abruptamente. Sequeira ressalta, contudo, que nenhum concorrente na região opera com um modelo integrado como o da T4F, que inclui além dos acordos de promoção, as casas de show e as vendas de ingressos.

“Entretanto, o movimento da IMX em relação ao Cirque mostra que planeja se tornar um participante importante no setor”, afirma. No início de 2012, a IMX comprou 50% do festival Rock in Rio. O BTG estima que a perda a para a T4F a partir de 2015 fique em aproximadamente 16% da geração de caixa, considerando as vendas de ingressos, patrocínios, comidas e bebidas e merchandising. Foi esse o percentual do Ebitda da empresa relacionado às turnês do CdS em 2012.

O banco reduziu o preço-alvo às ações de 23 reais para 20 reais, mas reiterou a recomendação de compra dos papéis. “Apesar de ser razoável esperar, a este ponto não estamos assumindo que a T4F irá recompor a perda do CdS com um novo conteúdo”, afirma Sequeira. Segundo ele, a massiva perda das ações ontem combinada com as novas estimativas implicam que a ação negocia a 7,9 vezes o preço sobre o lucro projetado para 2013, o que é considerado “atraente”.

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