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Queda da Apple do pico de janeiro supera 20% com liquidação tech

A ação chegou a cair até 4,4%, para US$ 140,09, seu menor nível desde meados de outubro

Apple: A Apple continua a enfrentar desafios da cadeia de suprimentos que a empresa previu custariam de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões em receita (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

Apple: A Apple continua a enfrentar desafios da cadeia de suprimentos que a empresa previu custariam de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões em receita (Thomas Trutschel/Photothek/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 12 de maio de 2022 às 14h24.

A queda das ações da Apple desde seu pico no início de janeiro superou 20% na quinta-feira à medida que a liquidação no setor de tecnologia se espalha de papéis mais especulativos para as maiores empresas do mundo.

A ação chegou a cair até 4,4%, para US$ 140,09, seu menor nível desde meados de outubro. A queda apagou cerca de US$ 696 bilhões do valor de mercado da Apple desde o recorde de 3 de janeiro, uma queda que permitiu à Saudi Aramco - que se beneficia do aumento nos preços do petróleo - ultrapassar a gigante de tecnologia como empresa mais valiosa do mundo.

A fraqueza generalizada no setor de tecnologia foi impulsionada por preocupações com a inflação e o aumento das taxas de juros. O índice Nasdaq 100 caminha para sua sexta semana consecutiva de perdas, sua mais longa sequência de derrotas desde 2012.

“O sentimento está muito deprimido, e a incerteza em torno da inflação vai continuar a complicar o quadro”, disse Keith Lerner, co-diretor de investimentos e estrategista-chefe de mercado da Truist Advisory Services. “Mesmo que os preços estejam ficando mais baratos, precisamos de uma faísca para começar a subir, e não vejo uma.”

Embora o Nasdaq 100 tenha estado sob pressão durante todo o ano, o declínio da Apple é relativamente recente. As ações da empresa sofrem em meio a preocupações crescentes sobre uma desaceleração econômica. É uma reviravolta repentina para a Apple, que cerca de seis semanas atrás era negociada perto de seu recorde.

A ação está a caminho de uma sétima queda semanal consecutiva, o que representaria sua maior sequência de perdas desde novembro de 2018.

A Apple continua a enfrentar desafios da cadeia de suprimentos que a empresa previu custariam de US$ 4 bilhões a US$ 8 bilhões em receita durante o trimestre atual. Ainda assim, seu forte balanço patrimonial, lucros robustos e base de clientes fiéis a isolaram de algumas das turbulências no setor de tecnologia.

A ação ainda supera o Nasdaq 100, que já perdeu mais de 25% de seu valor este ano, contra declínio anual de cerca de 19% da Apple.

Lerner sugeriu que a fraqueza da Apple e de outros grandes nomes de tecnologia poderia ser um sinal de fundo do poço para os mercados.

“Você quer ver os generais caírem para encontrar um bom fundo, então isso pode ser positivo dessa perspectiva, embora sempre dá pra ficar mais sobrevendido.”

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