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Puxado por exterior, dólar sobe e volta a bater R$ 2,25

O dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou com ganho de 1,17% ante o real, cotado a R$ 2,250, no maior patamar desde o último dia 16


	No ano, a moeda acumula alta de 10,02%
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No ano, a moeda acumula alta de 10,02% (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2013 às 17h15.

São Paulo - O dólar voltou a subir de forma consistente ante o real nesta quarta-feira, 24, acompanhando a tendência no exterior e após dois dias de fechamento em baixa no mercado à vista. O movimento no Brasil, no entanto, foi um dos mais intensos. Um profissional de mesa de câmbio lembrou que "o real exagera na alta e exagera na baixa". No fim dos negócios, o dólar à vista negociado no mercado de balcão fechou com ganho de 1,17% ante o real, cotado a R$ 2,250, no maior patamar desde o último dia 16. No ano, a moeda acumula alta de 10,02%.

Apesar do avanço robusto, o dólar à vista chegou a recuar no início do dia, na contramão do exterior, onde a moeda norte-americana mantinha-se em alta. Na mínima da sessão, logo na abertura, chegou a marcar R$ 2,2170 (-0,31%), mas o recuo durou pouco e rapidamente a divisa migrou para o território positivo.

No começo da tarde, o Banco Central anunciou mais um leilão de 20 contratos de swap cambial, desta vez com vencimento em 02 de janeiro de 2014. A operação, que equivale à venda de moeda no mercado futuro, deu continuidade ao processo de rolagem, iniciado na última quinta-feira, 18, dos contratos de swap que vencem no início de agosto. Apenas no pregão anterior o BC não fez leilão de swap.

A operação desta quarta, esperada pelo mercado, não fez preço no câmbio, pois o dólar voltou a renovar as máximas do dia após o leilão. "O mercado trabalha com a rolagem total dos contratos que vão vencer. Então, a rolagem em si não faria mesmo tanto preço", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco.

À tarde, com o dólar ampliando os ganhos em relação a divisas de países exportadores de commodities, a moeda norte-americana também marcou novas máximas, chegando a superar R$ 2,25. Na máxima do dia, às 14h48, atingiu R$ 2,2560 (+1,44%).

"O dólar subir é normal. Cair é que é anormal", comentou Sidney Nehme, sócio da NGO Corretora. Para ele, o País segue com dificuldades para atrair moeda estrangeira e o cenário ainda é de pressão de alta para a moeda americana, apesar dos recuos mais recentes.

No exterior, dados divulgados na China e nos Estados Unidos abriram espaço para o avanço do dólar. O resultado preliminar do índice dos gerentes de compras (PMI) da indústria chinesa medido pelo HSBC ficou em 47,7 em julho, atingindo o menor nível em 11 meses. Já as vendas de moradias novas nos EUA subiram 8,3% em junho ante maio, para a média anualizada de 497 mil unidades, o maior volume desde maio de 2008. Em relação ao mesmo período do ano passado, as vendas aumentaram 38,1%.

Os números reforçaram, por um lado, as preocupações com a economia chinesa e, por outro, a expectativa de que os incentivos dados pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) à economia possam começar a ser retirados em um futuro próximo. Neste cenário, às 16h35 (horário de Brasília), o dólar subia 1,45% ante o dólar australiano e tinha valorização de 1,20% ante o peso mexicano. No mercado futuro brasileiro, que funciona até as 18 horas, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2530, em alta de 1,58%.

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