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Próximo de recorde, Ibovespa toca 119 mil pontos mas perde força com realizações

Índice acompanhou otimismo no exterior com expectativa por estímulos nos Estados Unidos e início de vacinação na Europa

Painel de cotações da B3  |  Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 | Foto: Germano Lüders/Exame (Germano Lüders/Exame)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de dezembro de 2020 às 09h13.

Última atualização em 17 de dezembro de 2020 às 18h17.

O Ibovespa reduziu o ímpeto altista nesta quinta-feira após tocar os 119.027 pontos na máxima intradia, quando esteve próximo de bater o recorde histórico de fechamento de 119.527 pontos conquistado em janeiro. O índice encerrou o pregão em alta de 0,46%, aos 118.400 pontos, com volume financeiro negociado de 28,127 bilhões de reais.

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“O Ibovespa hoje se aproximou do recorde histórico e os investidores aproveitaram para realizar lucros. Vejo como um comportamento normal com a aproximação da marca de 120 mil pontos, enquanto o mercado ainda aguarda uma definição no pacote de estímulos dos Estados Unidos e um acordo na Europa para o pós-Brexit”, avalia Regis Chinchila, analista da Terra Investimentos. 

Vale lembrar que o mercado foi influenciado no pregão de ontem pelo vencimento de opções do Ibovespa e do índice futuro, que também pressionaram para alta. No pregão de hoje, os papéis associados a commodities estiveram entre os principais suportes para a alta do índice. Acompanhe os principais destaques de ações aqui.

No câmbio, o otimismo com a possível aprovação de estímulos nos Estados Unidos e início de vacinação contra a Covid-19 em importantes economias derrubou a moeda americana. O dólar fechou em queda de 0,53% ante o real, negociado a 5,0788 reais. A divisa ficou desvalorizada durante todo o dia, variando entre 5,09 reais (-0,36%) e 5,0428 reais (-1,28%). O dólar ainda sobe 26,6% em 2020, mas em dezembro recua 5%.

No exterior, as bolsas de valores em Wall Street registraram altas históricas. O Dow Jones avançou 0,44%, o S&P500 subiu 0,58% e o Nasdaq encerrou o pregão em alta de 0,84%. Tanto o S&P 500 quanto o Nasdaq atingiram recordes intradiários e de fechamento, enquanto o Dow registrou seu nível de fechamento mais alto de todos os tempos. Já o pan-europeu STOXX 600 ganhou 0,30%, estendendo seus ganhos para uma quarta sessão consecutiva, embalado pela perspectiva de vacinação na União Europeia ainda em dezembro e também repercutindo a possibilidade de estímulos nos EUA.

Os investidores estão cada vez mais otimistas com a possibilidade de republicanos e democratas chegarem a um acordo em breve. De acordo com o New York Times, o líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, que já foi um entrave nas negociações, articula dentro do partido para que o pacote seja aprovado. Ainda segundo o jornal, McConnell teria interesse em aprovar a medida visando a manutenção da maioria de seu partido no Senado, tendo em vista que a disputa entre senadores na Georgia foi para o segundo turno. Na véspera, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, reafirmou sua política de estímulos por meio de recompra de títulos e sinalizou que poderia ser ainda mais agressivo nas recompras, em caso de desaceleração econômica.

"A manutenção da postura expansionista do Federal Reserve e um possível pacote de 900 bilhões de dólares nos Estados Unidos deixam o mercado otimista com a perspectiva de recuperação do PIB global em 2021", afirma Bruno Madruga, sócio da Monte Bravo Investimentos.

Nesta quinta, os dados semanais de pedidos de seguro desemprego nos Estados Unidos voltaram a superar as estimativas do mercado, ficando em 885.000 contra a estimativa de 800.000. Esta foi a segunda semana consecutiva de alta do indicador. O crescimento do número de pedidos de seguro desemprego ocorre em meio a novas medidas de isolamento para conter a segunda onda de coronavírus. Embora negativos, os dados reforçam as expectativas de novos estímulos no país.

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