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Prospecto da oferta da Alibaba cita conflito de interesse

Documento trouxe um alerta sutil, lembrando que o fundador e presidente do Conselho Jack Ma pode trabalhar contra o interesse da companhia


	Jack Ma, presidente da Alibaba: documento cita questionamentos sobre a complexa estrutura corporativa da empresa chinesa de comércio eletrônico
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Jack Ma, presidente da Alibaba: documento cita questionamentos sobre a complexa estrutura corporativa da empresa chinesa de comércio eletrônico (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2014 às 17h31.

San Francisco/Pequim - O prospecto da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da empresa de comércio eletrônico chinesa Alibaba trouxe um alerta sutil, mas enfático, lembrando que os investidores devem saber que o fundador e presidente do Conselho Jack Ma pode trabalhar contra o interesse da companhia.

O trecho, na página 42 do prospecto de mais de 300 páginas, cita questionamentos sobre a complexa estrutura corporativa da empresa chinesa de comércio eletrônico e potenciais conflitos de interesse de Ma, que fundou o Alibaba em seu apartamento de um quarto em 1999 e desde então atingiu mercados tão diversos como pagamentos online a investimentos financeiros.

Vale lembrar que tais alertas de potenciais conflitos foram incluídos em prospectos de muitas empresas de tecnologia controladas por seus fundadores, incluindo Facebook e LinkedIn.

Mas o alerta do Alibaba se destaca devido aos diversos investimentos de Ma em outras empresas que fazem parceria com a companhia.

Um ponto em questão é o controle de Ma na Alipay, a empresa concorrente do PayPal estabelecida pelo Alibaba em 2004, que continua a fornecer serviços de pagamento à gigante chinesa.

Quatro anos atrás, o Alibaba separou a Alipay para um grupo que incluía Ma, que detém 46 por cento da Alipay por meio de outra companhia, a Zhejiang Alibaba E-Commerce Co.

Na época, investidores do Alibaba como o Yahoo e a japonesa SoftBank foram contra a separação, apontada por Ma como necessária para seguir as regulações do banco central chinês.

A empresa não comentou as informações do prospecto sobre o potencial conflito de interesse de Ma em relação a seus investimentos.

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