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Projetos de Trump não justificam recordes na Bolsa, diz pesquisa

Quase 70% dos economistas que participaram da pesquisa consideram que os mercados se apoiam em excesso nas promessas do presidente americano

Mercado financeiro: a Bolsa americana registrou uma série de recordes desde a eleição de Trump em novembro de 2016 (Spencer Platt/Getty Images)

Mercado financeiro: a Bolsa americana registrou uma série de recordes desde a eleição de Trump em novembro de 2016 (Spencer Platt/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de março de 2017 às 08h31.

As promessas de Donald Trump em termos de política econômica não justificam os recordes registrados em Wall Street desde sua eleição, indica uma pesquisa realizada com 50 economistas americanos e publicada nesta segunda-feira.

A pesquisa da 'National Association for Business Economics' (NABE), no entanto, constata que em geral há mais otimismo a respeito das perspectivas de emprego e crescimento econômico na comparação com dezembro.

Os economistas entrevistados "esperam preços do petróleo mais elevados, taxas de juros em alta e aumento de salários em 2017", destaca o presidente da NABE, Sean Mackintosh, nos comentários que acompanham a publicação da pesquisa.

De todas as formas, as perspectivas dos entrevistados permanecem "pelo menos sem alterações" desde a pesquisa anterior de dezembro. Eles acreditam que a taxa de crescimento americana alcançará 2,3% este ano e 2,5% em 2018, destacou Mackintosh.

Desde a eleição de Trump em novembro de 2016 e o início de seu governo, em janeiro de 2017, a Bolsa americana registrou uma série de recordes, com os investidores entusiasmados especialmente com as promessas de reforma fiscal e regulação, assim por sua vontade de iniciar um programa de renovação de infraestruturas no país.

A progressão do índice Dow Jones é 13% e a do SP500, um índice mais representativo, de quase 10% desde a vitória de Trump.

Quase 70% dos economistas que participaram da pesquisa consideram que os mercados se apoiam em excesso nas promessas, enquanto 26% pensam o contrário.

Mas 90% dos entrevistados consideram que as chances de uma recessão este ano são inferiores a 25%.

O secretário do Tesouro americano, Steve Mnuchin, afirmou na sexta-feira que a médio prazo a Bolsa "poderia aumentar de maneira significativa".

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