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Professor avalia que sem intervenção do BC alta do dólar seria maior

César Caselani, da FGV, reforçou a estratégia do BC de reservar US$ 10 bi em swaps extraordinários como importante, mas lembrou que é "movimento limitado"

Dólar: por meio das operações de swap cambial, o BC vende contratos de venda futura da moeda norte-americana (Tsokur/Thinkstock)

Dólar: por meio das operações de swap cambial, o BC vende contratos de venda futura da moeda norte-americana (Tsokur/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 19 de junho de 2018 às 18h21.

O dólar fechou hoje (19) com uma leve alta de 0,11%, cotado a R$ 3,7443 na venda depois de oscilar com uma máxima de R$ 3,7855. A cotação estável desta terça-feira evitou uma atuação do Banco Central, que anunciou ter reservado US$ 10 bilhões em swaps cambiais extraordinários (venda futura da moeda norte-americana) para conter a alta, se necessário, somente nesta semana.

César Caselani, professor da Escola de Administração de Empresa de São Paulo, da Fundação Getulio Vargas (FGV), avalia que, caso Banco Central (BC) não tivesse aplicado esse instrumento de swap cambial, "o dólar já teria disparado com mais força".

Ele reforçou a estratégia do BC como importante, mas lembrou que é "movimento limitado". "A entrada do BC tem um único objetivo de curtíssimo prazo, que é frear a disparada do dólar. Isso por si só não resolve todos os problemas econômicos e políticos que o Brasil tem", apontou.

Bovespa

O Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) subiu hoje (19) 2,26%, com 71.394 pontos - revertendo a tendência de queda dos últimos dez dias. A alta do Ibovespa foi puxada pelos papéis das empresas de grande porte (blue chip), que subiram acentuadamente hoje revertendo o cenário de queda dos últimos pregões.

As ações preferenciais da Petrobras fecharam em alta de 6,28%, seguidas pelos papéis dos bancos Itaú, com elevação de 5,10%, e Bradesco, com 5,18%. Na abertura do pregão pela manhã, o índice registrava uma pequena baixa de 0,79%.

Swaps cambiais

Por meio das operações de swap cambial, o Banco Central vende contratos de venda futura da moeda norte-americana, mas sem transferir o recurso de fato. Ao fim do contrato, o BC garante ao investidor o pagamento da variação do dólar no período e o investidor restitui a variação da taxa de juros no período.

Se a taxa de juros for superior, o investidor embolsa os rendimentos. Se a moeda subir mais do que os juros no período, é o BC que sai ganhando. Esse contrato faz com que os investidores diminuam o apetite pela moeda norte-americana e o seu valor frente ao real seja reduzido no mercado de câmbio.

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