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Produção industrial, pacote fiscal de Trump e pesquisa ADP: o que move o mercado

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, participa de reunião com ministros da Economia e presidentes de bancos centrais do Mercosul

Publicado em 2 de julho de 2025 às 08h06.

Nesta quarta-feira, 2, no cenário brasileiro, o destaque do dia é a divulgação da produção industrial de maio, às 9h, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A projeção do mercado é de queda de 0,5% no mês, indicando perda de fôlego na atividade do setor em meio a incertezas fiscais e econômicas.

Ao longo do dia também saem dados de emplacamentos de veículos pela Fenabrave e o fluxo cambial semanal do Banco Central, às 14h30.

Ainda no Brasil, os investidores acompanham o embate político em torno do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A decisão do governo Lula de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o aumento do tributo teve efeito limitado nos mercados.

O movimento ocorre num momento em que a relação entre o Executivo e o Congresso mostra sinais de desgaste. De acordo com pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira, 57% dos deputados federais avaliam que as chances de aprovação de projetos da presidência são baixas. A pesquisa ouviu 203 parlamentares entre 7 de maio e 30 de junho.

A agenda institucional conta ainda com a participação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em reunião com ministros da Economia e presidentes de bancos centrais do Mercosul, às 8h30, em Buenos Aires.

Estados Unidos

No exterior, os mercados seguem atentos aos sinais da economia norte-americana e à trajetória dos juros. Às 9h15, será divulgada a pesquisa ADP sobre a criação de vagas no setor privado em junho, dado que funciona como uma prévia do payroll, previsto para quinta-feira, 3.

A expectativa por um número forte ganhou força após os dados melhores que o esperado do relatório Jolts e do Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial, publicados na última terça-feira.

Ainda nesta quarta, a Câmara dos EUA deve votar o projeto de lei tributária apresentado por Trump, chamado de "One Big Beautiful Bill", após aprovação apertada no Senado.

A agenda econômica americana também inclui, às 11h30, os dados semanais de estoques de petróleo do Departamento de Energia.

Na Europa, às 11h15, a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, discursa no encerramento do Fórum de Sintra.

Já à noite, a atenção se volta à Ásia, com a divulgação dos índices PMI compostos de junho no Japão (21h30) e na China (22h45).

Mercados internacionais

As bolsas da Ásia encerraram o pregão desta quarta-feira, 2, sem direção única. O destaque ficou com Singapura, cujas ações atingiram uma máxima histórica, após o UBS elevar a recomendação para o mercado local, citando estabilidade monetária, dividendos robustos e reformas estruturais em andamento.

Já no Japão, o Nikkei 225 recuou 0,56%, pressionado por incertezas comerciais, enquanto o Topix caiu 0,21%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 0,47% e o Kosdaq caiu 0,19%, em linha com o tom mais cauteloso da região.

Na China, o índice CSI 300 terminou o dia praticamente estável, enquanto o Hang Seng, de Hong Kong, subiu 0,73%. Já na Austrália, o S&P/ASX 200 avançou 0,66%.

Na Europa, os principais índices operavam no positivo por volta das 7h50 (horário de Brasília). O CAC 40, de Paris, subia 1,14%, enquanto o Stoxx 600 ganhava 0,46% e o DAX, de Frankfurt, avançava 0,11%. No Reino Unido, o FTSE 100 tinha alta de 0,21%.

Nos Estados Unidos, os futuros do Dow Jones subiam 0,20%, os do S&P 500 avançavam 0,09%, enquanto os do Nasdaq 100 recuavam 0,06%.

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