Redação Exame
Publicado em 17 de maio de 2024 às 07h06.
Última atualização em 17 de maio de 2024 às 07h54.
A recuperação econômica da China se voltou ainda mais para o setor industrial.
Enquanto o crescimento dos gastos dos consumidores diminuiu inesperadamente para 2,3% em abril frente ao mesmo período de 2023 (o ritmo mais lento desde 2022), a produção industrial aumentou 6,7% em relação ao mesmo mês do ano anterior, número maior que o esperado, informou o National Bureau of Statistics na sexta-feira.
De acordo com a Bloomberg, a recuperação desequilibrada da China foi liderada por melhorias nas exportações e na indústria, que podem ser prejudicadas pelas crescentes tensões comerciais com EUA e Europa. Enquanto isso, o setor imobiliário se deteriorou em todos os setores. Na sexta-feira, Pequim anunciou novos planos para fortalecê-lo, flexibilizando as regras para os mutuários e prometendo fundos públicos para a compra de casas.
As ações do setor imobiliário chinês se recuperaram com as novas regras de hipoteca e pagamento de entrada, fazendo com que a Bolsa de Hong Kong subisse 0,9%. Já a Bolsa de Xangai subiu 1%.
O foco do Partido Comunista em aumentar a oferta de produtos relacionados à energia alimentou as reclamações dos EUA e da União Europeia de que há uma "enxurrada de produtos baratos" vindos do gigante asiático e que isso está ameaçando empregos em seus mercados domésticos. O governo Biden anunciou nesta semana uma tarifa de 100% sobre veículos elétricos e outras exportações que Pequim, por exemplo, numa batalha comercial que está apenas começando