Mercados

Private equity não deve focar infraestrutura, diz Odebrecht

"Em qualquer projeto, os dividendos vêm somente depois de dez anos", atentou o presidente da Odebrecht


	O investimento não faz sentido, segundo Odebrecht, uma vez que os projetos de infraestrutura não entregam o retorno esperado por esses fundos e não há liquidez para fazer desinvestimentos
 (Divulgação)

O investimento não faz sentido, segundo Odebrecht, uma vez que os projetos de infraestrutura não entregam o retorno esperado por esses fundos e não há liquidez para fazer desinvestimentos (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 15h19.

São Paulo - Os fundos de private equity, que compram participações em empresas, não devem aportar grandes recursos em projetos de infraestrutura, na opinião do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.

"Não entendi qual será o papel desses investidores no desenvolvimento da infraestrutura brasileira. Os fundos de private equity podem investir numa empresa, mas não em um único projeto", avaliou ele. O executivo participa da abertura do congresso anual da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP).

O investimento não faz sentido, segundo Odebrecht, uma vez que os projetos de infraestrutura não entregam o retorno esperado por esses fundos e não há liquidez para fazer desinvestimentos.

"Em qualquer projeto, os dividendos vêm somente depois de dez anos", atentou ele. Sobre a possibilidade de os fundos de private equity investirem nesses projetos via parceria público-privada, as chamadas PPPs, Odebrecht destacou que estes investidores têm desconforto em lidar com o risco governo. "Em PPPs, há riscos regulatórios, de crédito e de garantia", justificou ele.

Acompanhe tudo sobre:aplicacoes-financeirasFundos de investimentoInfraestruturaMarcelo OdebrechtMercado financeiro

Mais de Mercados

"O Brasil deveria ser um país permanentemente reformador", diz Ana Paula Vescovi

Tesla bate US$ 1 trilhão em valor de mercado após rali por vitória de Trump

Mobly assume controle da Tok&Stok com plano de sinergias e reestruturação financeira

Trump não deverá frear o crescimento da China, diz economista-chefe do Santander