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PRIO (PRIO3) registra alta de 733% no lucro líquido do 3T22

A petrolífera conseguiu obter o menor lifting cost de sua história e foi beneficiada pela alta expressiva da cotação do petróleo

PRIO, antiga PetroRio(PRIO3) (PetroRio (PRIO3)/Divulgação)

PRIO, antiga PetroRio(PRIO3) (PetroRio (PRIO3)/Divulgação)

A PRIO (PRIO3), antiga PetroRio, divulgou nesta segunda-feira, 31, seus resultados do terceiro trimestre de 2022.

A PRIO registrou um lucro líquido de US$ 154 milhões, alta de 733% em relação ao resultado do mesmo período do ano anterior, quando havia sido de US$ 18,57 milhões.

A receita total da petroleira carioca foi de US$ 378,15 milhões, uma alta de 111% em relação ao período julho-setembro de 2021, quando tinha sido de US$ 179,68 milhões.

A PRIO realizou venda de 3,8 milhões de barris em 8 offtakes no período, volume 55% maior do que a registrada no 3T21. Tudo isso contribuiu significativamente com o aumento da receita da companhia no trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da petroleira subiu 161% na comparação com o mesmo trimestre de 2021, alcançando os US$ 293 milhões.

O caixa líquido da antiga PetroRio foi de US$ 937,1 milhões, revertendo o resultado negativo de US$ 317,7 milhões do mesmo período do ano passado.

De janeiro até março a PRIO vendeu aproximadamente 2,8 milhões de barris de petróleo e registrou um recorde de produção média de 35,1 Mboepd.

O lifting cost, ou seja, os custos de operação e manutenção de poços petrolíferos da antiga PetroRio, caiu para US$ 9,5 por barril de óleo equivalente (boe), o menor valor já registrado. O indicador está em tendência de queda desde 2018.

A produção do período atingiu média de 45,8 kbpd (45% maior que a produção registrada no mesmo trimestre no ano anterior).

CFO da PRIO (PRIO3) comemora resultado do 3T22

Para Milton Rangel, CFO da PRIO, o trimestre foi muito positivo, superando as expectativas da própria empresa.

“Atingimos novos recordes de produção, receita, lifting cost e EBITDA, em função, principalmente, da nossa disciplina financeira, da Revitalização do Campo de Frade e da alta eficiência operacional do Cluster de Polvo/Tubarão Martelo, sempre mantendo os mais altos níveis de segurança operacional. Foi o período que também concluímos o primeiro treinamento do Reação Offshore, um programa nosso em parceira com o Instituto Reação e Todos na Luta, que visa formar trabalhadores especializados para ingressar no mercado de trabalho e contribuir com o desenvolvimento do setor. Encerramos o trimestre com importantes realizações tanto no âmbito social como no de negócios”, explicou Rangel em entrevista à EXAME Invest.

O executivo destacou que ao longo dos últimos três meses foram realizados muitos projetos que aumentarão a capacidade produtiva da PRIO, como a conclusão da primeira fase do plano e revitalização do Campo de Frade, que já representou um aumento de 37% da produção da petrolífera.

Rangel comentou sobre os processos finais de entrada da PRIO no campo de Albacora Leste, salientando como a última passagem burocrática a ser resolvida é a autorização da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Questionado sobre se o lifting cost da PRIO aumentaria assumindo as operações da Petrobras (PETR3) em Albacora, Rangel disse que isso deverá, de fato, acontecer, pois o custo de extração da estatal petrolífera atualmente está por volta de US$ 15 por barril. Todavia, segundo ele, deverá diminuir progressivamente, com a antiga PetroRio aumentando a eficiência da operação.

Rangel salientou que a PRIO não tem previsão de distribuição de dividendos, pois a estratégia continuará sendo reinvestir os lucros na operação da petrolífera.

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