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Pressionada por Petrobras, Bovespa cai 0,31%

Por Márcio Rodrigues São Paulo - Depois de superar os 70.500 pontos pela manhã, o índice Bovespa foi perdendo força e não conseguiu sustentar a alta, fortemente impactado pela queda das ações da Petrobras. Apesar de as preocupações sobre a economia europeia e norte-americana terem sido minimizadas no começo do dia, a inversão do preço […]

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Da Redação

Publicado em 7 de dezembro de 2010 às 17h44.

Por Márcio Rodrigues

São Paulo - Depois de superar os 70.500 pontos pela manhã, o índice Bovespa foi perdendo força e não conseguiu sustentar a alta, fortemente impactado pela queda das ações da Petrobras. Apesar de as preocupações sobre a economia europeia e norte-americana terem sido minimizadas no começo do dia, a inversão do preço do petróleo, que chegou a bater em US$ 90,76 por barril em Nova York, e as notícias envolvendo as licitações de sondas da Petrobras ajudaram a derrubar os papéis da petrolífera, o que provocou as perdas do índice à vista na Bovespa justamente no fim do pregão.

O Ibovespa fechou na mínima do dia, em baixa de 0,31%, aos 69.337,64 pontos, bem distante da pontuação máxima, aos 70.589 pontos, com ganhos de 1,49%. O volume financeiro somou R$ 6,01 bilhões.

Os investidores iniciaram o dia com mais apetite pelo risco e dois fatores principais explicavam o ânimo. As mensagens sobre estímulos econômicos nos EUA, com a prorrogação da isenção de impostos para toda a população, e o otimismo em relação à possível aprovação do orçamento irlandês - o que abriria espaço para que o país receba o pacote de socorro de União Europeia e Fundo Monetário Internacional - fizeram com que a abundância de liquidez mundial buscasse ativos de maior risco.

Hoje, porém, a perda de fôlego das ações da Petrobras, no início da tarde, comprometeu totalmente o rali nos negócios da Bolsa. A queda dos papéis se acelerou depois que o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou que a estatal desclassificou dois concorrentes no processo de licitação para a contratação de 28 sondas de perfuração de áreas exploratórias de petróleo de mais de 3 mil metros de profundidade.

Indagado sobre as outras duas licitações para a contratação de duas sondas e afretamento de mais quatro unidades, Gabrielli também confirmou que pode vir a ser cancelado o processo de afretamento por conta de preços excessivos. "Todas as possibilidades são analisadas. Contratar tudo, cancelar uma, cancelar parte delas. Tudo é possível", disse.

Em Nova York, o barril de petróleo fechou em baixa de 0,77%, cotado a US$ 88,69, após superar a marca de US$ 90 por barril pela primeira vez desde a crise de 2008. Diante deste cenário, as ações preferenciais (PN) da Petrobras caíram 1,97%, enquanto os papéis ordinários (ON) cederam 2,47%, ambos fechando na mínima do dia. As ações da Vale também inverteram o sinal no fim do pregão, contribuindo para as perdas do Ibovespa. Os papéis PNA da mineradora caíram 0,23% e as ON tiveram perdas de 0,06%.

No mercado norte-americano de ações, com o pregão ainda em andamento, às 18h40 o índice Dow Jones subia 0,28%, enquanto o S&P 500 registrava ganhos de 0,35%. O Nasdaq registrava alta de 0,41%.

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