Fábrica da Chrysler: Marchionne disse que companhia tem um atraente futuro financeiro, incluindo previsões de uma margem de lucro de 7 a 8 por cento até 2015 (Fabrizio Costantini/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 21h55.
O presidente-executivo da Chrysler, Sergio Marchionne, desencorajou os investidores em uma conferência na semana passada a participar da oferta pública inicial de ações (IPO) da empresa -- um processo forçado no mês passado pelo segundo maior acionista da fabricante de automóveis.
Marchionne, que também é presidente-executivo da Fiat, disse que a Chrysler tem um atraente futuro financeiro, incluindo previsões de uma margem de lucro de 7 a 8 por cento até 2015, de acordo com nota publicada na terça-feira pela empresa de pesquisa Bernstein Research.
Mas ele "não acredita que investir via esse IPO parcial seja o caminho mais atraente para os investidores", disse o analista da Bernstein Max Warburton sobre os comentários de Marchionne a investidores da empresa de pesquisa em conferência na semana passada em Londres.
Ele acrescentou que Marchionne disse implicitamente que investir na Fiat ou na joint venture Fiat-Chrysler mais para frente seria uma aposta melhor.
Marchionne quer evitar um IPO fazendo a Fiat comprar todas as ações da Chrysler de um fundo garantidor de pensões que atualmente detém 41,5 por cento da Chrysler. A Fiat detém o restante, 58,5 por cento.
O fundo de pensão, conhecido como VEBA, recebeu uma fatia na Chrysler como parte do terceiro maior resgate a montadoras ocorrido nos Estados Unidos em 2009. O acordo de resgate permite à VEBA forçar a Chrysler a abrir capital com o objetivo de atingir o maior dividendo possível.