Às 10h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 tinha taxa de 8,57%, na máxima, ante 8,50% no ajuste de quarta-feira, 5 (Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2013 às 11h18.
São Paulo - O destaque da ata do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada nesta quinta-feira, 6, é a preocupação do BC com a inflação, na avaliação do economista-sênior do Besi Brasil.
"O mercado ficou surpreso com a questão da piora da avaliação quanto à inflação", disse, referindo-se às altas vistas entre os contratos futuros de juros. "A tendência é de essa preocupação manter os DIs pressionados", afirmou.
Segundo Serrano, "a ata, a priori, sugere que o BC tende a ser mais incisivo e o mercado entende que, além de julho, em agosto haverá nova alta (de 0,50 pp)". Na curva a termo, estavam embutidas, perto das 9h45, altas de 0,50, 0,50 e 0,25 em julho, agosto e outubro, respectivamente. Até a quarta-feira, 5, de acordo com o economista, havia divisão sobre agosto, entre um aperto menor e um maior.
O economista-sênior do Besi Brasil avaliou que a ata veio alinhada com o discurso do comunicado, mais "hawkish" (firme). Ele destacou ainda "clara redução do peso do cenário externo" no que diz respeito ao cenário de inflação.
"(A ata) deu peso à dinâmica inflacionária doméstica no parágrafo 28 e depois, no 33, falando que o balanço prospectivo de inflação está desfavorável, algo que não falava antes. E tirou peso do cenário externo, antes supostamente desinflacionário", disse. "A inflação aparece como um processo ruim para o ambiente econômico como um todo".
Às 10h10, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 tinha taxa de 8,57%, na máxima, ante 8,50% no ajuste de quarta-feira, 5. O DI com vencimento em janeiro de 2015 marcava 9,24%, máxima, de 9,10% de quarta-feira, 5. O DI com vencimento em janeiro de 2017 apontava 9,99%, ante 9,84% no ajuste anterior.