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Preço do petróleo atinge a menor baixa em três meses

Diante das incertezas em relação à Grécia, das preocupações com os mercados acionários na China e da possibilidade de aumento da oferta de petróleo do Irã


	O euro mais fraco torna mais caro o petróleo aos compradores estrangeiros, que precisam comprar a commodity em dólar
 (Eddie Seal/Bloomberg)

O euro mais fraco torna mais caro o petróleo aos compradores estrangeiros, que precisam comprar a commodity em dólar (Eddie Seal/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 6 de julho de 2015 às 08h43.

São Paulo - Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em queda nesta segunda-feira, atingindo a maior baixa em três meses, diante das incertezas em relação à Grécia, após o "não" vencer o plebiscito no domingo, preocupações com os mercados acionários na China e possibilidade de aumento da oferta de petróleo do Irã.

A aversão ao risco causada pelo plebiscito da Grécia, cuja população rejeitou ontem as medidas de austeridade propostas pelos credores do país, toma conta dos principais mercados nesta manhã, diante de novas incertezas em relação à permanência de Atenas na zona do euro.

Essas incertezas levaram ao enfraquecimento do euro e, consequentemente, à valorização do dólar. O euro mais fraco torna mais caro o petróleo aos compradores estrangeiros, que precisam comprar a commodity em dólar.

Além disso, as recentes turbulências nas bolsas asiáticas é mais um sinal da forte transformação econômica que está em curso no gigante asiático, que é o segundo maior consumidor de petróleo do mundo.

As fortes quedas nos mercados acionários levaram o governo chinês anunciar planos no final de semana para conter as perdas. Todas as novas ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) foram interrompidas e o Banco do Povo da China (PBOC, o banco central do país)fornecerá liquidez para ajudar a estabilizar os mercados de ações do país, segundo o Wall Street Journal.

O PBOC vai injetar capital na China Securities Finance Corp. (CSFC), que é controlada pelo regulador de mercados, para expandir o negócio das corretoras para financiamento de investidores na compra de ações.

"Com as últimas medidas de emergência na China no fim de semana há claramente uma grande dose de preocupação do governo sobre o estado da economia chinesa", disse Tamas Vargas, analista da corretora PVM, em Londres. A queda súbita nas ações chinesas "é um enorme motivo de preocupação e não gera otimismo no mercado de petróleo", acrescentou.

Na plataforma eletrônica ICE, em Londres, o Brent para agosto tinha queda de 3,00%, a US$ 58,51 por barril, às 7h56 (de Brasília), enquanto o petróleo para o mesmo mês negociado na Nymex caía 4,80%, a US$ 54,20 por barril.

Enquanto isso, o mercado também está atento para ver se o Irã chega a um acordo com os seus parceiros nas negociações nucleares, que deve ser concluído nesta semana.

O Wall Street Journal informou que o Irã quer dobrar as exportações de petróleo para 2,3 milhões de barris por dia, se o acordo for alcançado e as sanções forem suspensas. Com informações da Dow Jones Newswires

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