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Preço do ferro pode subir com crise no Japão, diz Lobão

Segundo ele, a commodity terá um grande aumento em sua demanda quando começarem os esforços para a reconstrução do país asiático

Ministro Edison Lobão: aumento no preço da commodity é esperado (Agência Brasil)

Ministro Edison Lobão: aumento no preço da commodity é esperado (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 20h37.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou hoje, ao chegar ao Ministério da Fazenda, que o preço do minério de ferro pode aumentar ainda mais no mercado internacional devido à crise no Japão. Segundo ele, a commodity terá um grande aumento em sua demanda quando começarem os esforços para a reconstrução do país asiático, que foi atingido na semana passada por um terremoto e um tsunami. "Com isso, o preço pode se elevar um pouco", disse Lobão, que participará de reunião com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e representantes dos setores produtores e distribuidores de etanol.

Vale

O ministro de Minas e Energia se mostrou surpreso com a declaração dada ontem pelo presidente da Vale, Roger Agnelli, de que a empresa não possui dívida pendente relativa aos royalties da extração mineral, como tem cobrado o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Segundo o ministro, o próprio executivo havia se comprometido a pagar essa eventual dívida assim que os valores finais fossem determinados.

"Se ele não tem dívida nenhuma, o que o diretor dele (da Vale) veio conversar aqui em Brasília?", questionou o ministro, ao ser indagado pelos jornalistas sobre a declaração de Agnelli. Lobão confirmou que na próxima semana haverá nova reunião entre o Ministério, a Vale e o DNPM para discutir o pagamento da dívida.

As declarações de Agnelli foram dadas ontem em Belo Horizonte. Segundo ele, o que a Vale devia em relação aos royalties da extração mineral já foi pago. O problema, segundo afirmou o executivo, é de interpretação da legislação.

Belo Monte

Lobão afirmou hoje que a decisão sobre qual nova empresa ocupará o espaço da Bertin no consórcio da usina de Belo Monte deve sair ainda este mês. "No início, havia uma certa fuga de empresários de Belo Monte. Agora todo mundo quer participar", disse. Perguntado se mais de uma empresa poderia ocupar essa fatia, o ministro disse que, pelo menos da parte dele, não há nenhuma objeção, mas que essa decisão depende do consórcio responsável pela usina. A Gaia, que é braço de energia do grupo Bertin, deixou recentemente o consórcio que construirá a usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA).

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