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Preço de oferta da Oi deve ficar no piso; demanda é alta

As ações preferenciais da Oi devem ser precificadas em torno de 2 reais


	Loja da Oi: a Oi pretende usar os recursos para capitalizar a CorpCo, a empresa resultante da fusão com a Portugal Telecom
 (Marcelo Correa/EXAME)

Loja da Oi: a Oi pretende usar os recursos para capitalizar a CorpCo, a empresa resultante da fusão com a Portugal Telecom (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2014 às 16h28.

Nova York e São Paulo - A operadora de telecomunicações Oi ficou nesta segunda-feira mais perto de sua planejada fusão com a Portugal Telecom, enquanto a demanda dos investidores foi mais do que suficiente para a oferta de ações, que deve levantar ao menos 8 bilhões de reais, disseram fontes à Reuters.

O lote inicial envolve 5,75 bilhões de ações e o volume de papéis na operação pode alcançar até 7,75 bilhões com os lotes suplementar e adicional. De acordo com duas fontes com conhecimento direto da operação, as ações preferenciais da Oi devem ser precificadas em torno de 2 reais, ou no piso da faixa indicativa 2,00 a 2,30 reais.

Até agora, a demanda de investidores atingiu 10 bilhões de reais, disseram as fontes, que pediram para não ser identificadas porque a operação ainda está em andamento. A oferta está marcada para ser precificada ainda nesta segunda-feira, de acordo com o prospecto divulgado em 3 de abril.

As ações preferenciais da operadora caíam 4,78 por cento, para 2,39 reais, às 15h50, enquanto as ações ordinárias caíam 2,37 por cento, para 2,47 reais. Bancos estimam que a Oi precisa levantar ao menos 8 bilhões de reais para reduzir adequadamente sua dívida.

A Oi pretende usar os recursos para capitalizar a CorpCo, a empresa resultante da fusão com a Portugal Telecom.


Executivos da Oi e da Portugal Telecom dizem que a CorpCo terá mais força para competir no Brasil com grandes rivais como a Vivo, da espanhola Telefónica, a TIM, da Telecom Italia, e a Claro, da mexicana América Móvil.

Sob os termos do acordo, a Portugal Telecom irá contribuir com seus ativos, excluindo sua fatia na Oi, e irá deter 38 por cento da nova companhia. Os acionistas da Oi, excluindo a participação da empresa portuguesa, terão 30 por cento da CorpCo e outros investidores como o BTG Pactual e alguns fundos de pensão brasileiros ficarão com o restante.

Cada ação ordinária da Oi será trocada por uma ação da CorpCo e cada ação preferencial da Oi será trocada por 0,9211 papel da CorpCo.

O grupo BTG Pactual está coordenando a operação junto com bancos de investimentos de Bank of America, Barclays, Citigroup, Credit Suisse Group AG, Banco Espírito Santo e HSBC Holdings.

Banco do Brasil, Bradesco, Banco Caixa Geral de Depósitos, Goldman Sachs, Itaú Unibanco, Morgan Stanley & Co e Banco Santander também são coordenadores.

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