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Pré-mercado nos EUA opera em alta após Fed cortar juros

Em comunicado, o banco atribuiu o corte ao progresso na inflação, ao equilíbrio dos riscos e à atividade econômica

Jerome Powell deixa sessão em que anunciou corte nos juros nos EUA ((Photo by Mandel NGAN / AFP)/AFP)

Jerome Powell deixa sessão em que anunciou corte nos juros nos EUA ((Photo by Mandel NGAN / AFP)/AFP)

Publicado em 19 de setembro de 2024 às 05h52.

Após a decisão do Fed de cortar em 50 pontos-base (pb) os juros da economia, para uma faixa de 4,75% a 5%, o pré-mercado nos EUA mostra sinais de confiança no início da manhã desta quinta-feira, 19.

O primeiro corte em mais de quatro anos foi acompanhado por projeções indicando que as duas reuniões restantes do Fed deste ano também devem ter reduções semelhantes nos juros. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, alertou contra a suposição de que grandes cortes nas taxas poderiam acontecer. Os mercados estavam precificando reduções mais agressivas de 70 pontos-base. 

O índice futuro da Dow Jones subia 0,84% às 5h28, horário de Brasília. Já o S&P 500 crescia 1,27%. E o índice futuro da Nasdaq estava no positivo em 1,74%.

Em comunicado, o Fed atribuiu o corte ao progresso na inflação, ao equilíbrio dos riscos e à atividade econômica, que "continua a se expandir em um ritmo sólido". Também citou que os ganhos de emprego diminuíram e, apesar de a taxa de desemprego ter subido (como nos meses de junho e julho), ela permanece baixa.

Entretanto, o Fed disse que a perspectiva econômica ainda é incerta e que o comitê está atento aos riscos para ambos os lados (inflação e mercado de trabalho). Caso julgue necessário, afirmou estar preparado para ajustar a postura da política monetária se surgirem riscos.

Os títulos do Tesouro, que devem ter um quinto mês consecutivo de ganhos em setembro, caíram após a decisão do Fed e as observações de Powell. As previsões trimestrais atualizadas das autoridades mostraram que as projeções médias eram de que a taxa dos fundos caísse até o final do ano para 4,375% — representando mais meio ponto de reduções neste ano. Até o final de 2025 e 2026, as previsões medianas são de 3,375% e 2,875%, respectivamente.

No mercado de câmbio, o dólar "apagou" seus ganhos da sessão anterior no início desta quinta-feira, enquanto o iene se fortaleceu para ser negociado em torno de 142 por dólar.

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