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Prada pode captar menos que o esperado com IPO em Hong Kong

Bancos reduziram as estimativas da oferta de ações da marca italiana

Apesar das piores condições no mercado de ações piores, a companhia não deve postergar a oferta pública inicial (Getty Images)

Apesar das piores condições no mercado de ações piores, a companhia não deve postergar a oferta pública inicial (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 16 de junho de 2011 às 11h39.

São Paulo – A marca italiana Prada deve levantar até 2,3 bilhões de dólares por meio de sua Oferta Pública Inicial (IPO, na sigla em inglês) na Bolsa de Valores de Hong Kong. A cifra é inferior frente aos 2,6 bilhões de dólares estimados anteriormente pelos bancos coordenadores da operação, informa nesta quinta-feira (16) a reportagem do The Wall Street Journal (WSJ), citando pessoas familiarizadas ao assunto.

De acordo com o periódico, as condições desfavoráveis no mercado de ações e as preocupações relacionadas à faixa de preço que será aplicada às ações da companhia poderiam afetar a demanda de investidores, o que levou os bancos a reduzir as estimativas.

Segundo relatórios obtidos pelo WSJ, onde as instituições financeiras avaliaram a demanda de investidores no IPO e a expectativa para o preço de cada ação, o valor do papel da Prada deve variar agora entre 39,50 e 42,25 dólares de Hong Kong (ou entre 5,07 e 5,42 dólares americanos), abaixo da estimativa anterior que estava fixada entre 36,50 e 48 dólares de Hong Kong.

Esta é a quinta vez nos últimos dez anos que a Prada tenta listar suas ações no mercado. O lucro da empresa mais que dobrou com o crescimento observado na Ásia. No ano passado, o lucro líquido foi recorde: ficou em 250,8 milhões de euros, contra 100 milhões de euros em 2009.

Apesar da expectativa menor para a faixa de preço dos papéis, o jornal indica que a oferta não deve ser postergada, isso porque muitas empresas não tem adiado seu IPO em Hong Kong nos últimos dois anos, mesmo apesar das fracas condições vistas no mercado.

Pelo menos cinco companhias planejam levantar mais de 7,5 bilhões de dólares na Bolsa de Hong Kong nas próximas semanas a partir da oferta inicial de ações no mercado local. O China Everbright Bank, que sozinho quer captar cerca de 6 bilhões de dólares, é uma das companhia que já tenta atrair a atenção dos investidores por lá.

Sediada em Milão, a Prada segue o exemplo de outras marcas europeias, como a L’Occitane International, que já negocia suas ações na bolsa de Hong Kong. Com esta operação, a varejista de luxo italiana busca aproveitar o apetite de fundos locais e investidores individuais que estão apostando no crescimento da indústria de bens de luxo na região.

Os coordenadores da oferta são os bancos Intesa Sanpaolo, Credit Agricole, CLSA Asia-Pacific Markets, Goldman Sachs e UniCredit, segundo informou a Bloomberg em 31 de março deste ano.

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