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Powell em Jackson Hole, IPCA-15 e o efeito na queda de juros e o que mais move o mercado

Investidores seguem à espera de novos sinais sobre o futuro da política monetária; presidente do Fed discursará em maior evento de banqueiros centrais do mundo

Jerome Powell antes de jantar em Jackson Hole: presidente do Fed discursará em evento nesta sexta (Natalie Behring/Getty Images)

Jerome Powell antes de jantar em Jackson Hole: presidente do Fed discursará em evento nesta sexta (Natalie Behring/Getty Images)

Guilherme Guilherme
Guilherme Guilherme

Repórter de Invest

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 08h00.

Última atualização em 25 de agosto de 2023 às 08h14.

Todas as atenções do mercado nesta sexta-feira, 25, estão voltadas para o Simpósio de Jackson Hole, que reúne os principais banqueiros centrais do mundo. As expectativas se devem à presença do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Com discurso previsto para às 11h, o chairman do principal banco central do mundo poderá determinar o tom em que o câmbio e bolsas de valores fecharão nesta semana.

Powell discursa em Jackson Hole

Nesse mesmo evento, no ano passado, Powell fez de suas palavras um alerta para um período de juros mais altos, o que fez o S&P 500 cair mais de 3% no dia. Muita coisa mudou desde o último Simpósio de Jackson Hole. A taxa de juro americana subiu de próxima de zero para o maior patamar desde 2008, situando-se entre 5,25% e 5,5%. Agora, investidores querem saber se ainda há espaço para uma nova alta de juros ou se o trabalho já está feito.

Os sinais emitidos por diretores do Fed têm sido ambíguos. O presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Patrick Harker, chegou a dizer em Jackson Hole que novas altas de juros não deverão ser necessárias. Por outro lado, a  presidente do Fed, Susan Collins, não descartou a possibilidade de novas altas. Investidores esperam que, hoje, Powell dê um posicionamento mais claro. 

Dados fortes ofuscam Nvidia

Dados fortes da economia americana divulgados na véspera aumentaram a percepção de que o Fed poderá seguir duro no controle da inflação. Bolsas dos Estados Unidos fecharam em queda, mesmo com o otimismo gerado pelo resultado da Nvidia. Os papéis da companhia chegaram a iniciar o dia com mais de 6% de alta no pré-mercado, mas fechou como coadjuvante, praticamente estável.

Ibovespa no último pregão

O exterior negativo e os dois dias de forte recuperação do Ibovespa também adicionaram doses de cautela no mercado brasileiro, com o principal índice da B3 encerrando em queda de 0,94%.

IPCA-15 e o efeito na queda de juros

No Brasil, além de Jackson Hole, investidores deverão repercutir nesta sexta o resultado do Índice de Preço ao Consumidor Amplo da primeira quinzena de agosto. (IPCA-15). A expectativa do é de uma alta mensal de 0,17%, com alta de 3,19% para 4,13% na comparação anual devido ao efeito-base. No mesmo período do ano passado, o IPCA-15 registrou deflação de 0,73%.

Os dados correntes de inflação estão no cerne das discussões sobre uma possível aceleração no ritmo de queda de juros. O Comitê de Política Monetária (Copom) avisou que deverá cortar a Selic de 0,50 em 0,50 ponto percentual. Surpresas no processo de desinflação poderia fazer o Banco Central revisitar o plano de voo. Mas o próprio presidente da autarquia, Roberto Campos Neto, afirmou que a "barra é alta" para isso acontecer.

Que horas abre a bolsa de valores?

O horário de negociação na B3 vai das 10h às 17h. A pré-abertura ocorre entre 9h45 e 10h, enquanto o after-market ocorre entre 17h25 e 17h30. Já as negociações com o Ibovespa futuro ocorrem entre 9h e 17h55.

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