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Portugal Telecom será maior acionista individual da Oi

Companhia terá 24,87 por cento das ações após a conclusão da oferta de ações da operadora brasileira


	Logo da Portugal Telecom: companhia será a maior acionista individual da operadora após a operação da Oi para aumento de capital
 (Mario Proenca/Bloomberg)

Logo da Portugal Telecom: companhia será a maior acionista individual da operadora após a operação da Oi para aumento de capital (Mario Proenca/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2014 às 20h22.

Rio de Janeiro - A operadora de telecomunicações Oi divulgou nesta quinta-feira prospecto preliminar de sua bilionária oferta de ações, no qual informa que a Portugal Telecom será a maior acionista individual da operadora após a operação que faz parte do processo de fusão dos dois grupos.

Segundo o prospecto preliminar, a Portugal Telecom terá 24,87 por cento das ações após a conclusão da oferta, sem considerar as ações em lotes suplementares e adicionais que eventualmente poderão ser exercidos. Já o fundo de investimento gerido pelo BTG Pactual será o segundo maior acionista, com 9,06 por cento.

A participação do grupo português poderá ser ainda maior uma vez que a Bratel Brasil, empresa controlada pela Portugal Telecom, terá outros 3,34 por cento do total ante percentual atual de 14,02 por cento.

Caso seja exercida a opção de colocação de ações suplementares e adicionais, a participação da Portugal Telecom será de 22,27 por cento, incluindo a Bratel, enquanto a do fundo gerido pelo BTG, de 7,15 por cento.

A participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) será reduzida de 1,28 por cento para 0,30 por cento, a do fundo de pensão Previ, do Banco do Brasil, de 3,14 por cento para 0,75 por cento, considerando apenas o exercício do lote inicial de papéis.

Outros controladores atuais da Oi também terão suas fatias reduzidas. Telemar Participações vai sair de posição de 14,91 por cento para 3,55 por cento, AG Telecom e LF Tel passarão de 3,88 para 0,92 por cento cada.

A companhia terá free float-- quantidade de ações em livre negociação no mercado-- de 52,79 por cento, sem um controlador definido.


A previsão é que a precificação da oferta de ações ocorra em 28 de abril, com início dos negócios ocorrendo em 30 de abril. Pelo volume máximo de papéis que a companhia informou que poderá emitir, a oferta de ações poderá movimentar até 22,7 bilhões de reais, considerando preços de terça-feira.

O valor é bem superior aos 14 bilhões de reais previstos pela companhia em documentos sobre o aumento de capital enviados ao mercado desde que o anúncio da fusão foi feito em outubro do ano passado.

Porém, analistas consideram que o montante maior faz parte de estratégia da empresa de criar uma margem para conseguir captar os 14 bilhões de reais, mesmo se houver desvalorização dos papéis até a operação ser realizada, que pode ser de perto de 40 por cento.

A ação ordinária da Oi encerrou esta quinta-feira em queda de 1,6 por cento, a 3,15 reais, enquanto o papel preferencial teve alta de 0,3 por cento, a 3,09 reais.

Aquisição

No prospecto, a Oi divulgou ainda relatório de auditoria da KPMG, que trata a fusão considerando método de contabilidade de aquisição de ativos da Portugal Telecom, avaliados em 5,7 bilhões de reais.

Segundo a consultoria, o ágio reconhecido como resultado da aquisição será de 11,3 bilhões de reais.

Se a fusão já houvesse ocorrido, a receita operacional líquida da empresa combinada teria somado 36,7 bilhões de reais em 2013, alta de 29,2 por cento na comparação com a receita obtida pela Oi sozinha no ano passado.

Já o lucro líquido teria sido de 2,16 bilhões de reais, enquanto o lucro da operadora foi de 1,49 bilhão de reais em 2013.

Texto atualizado às 20h17min do mesmo dia, com mais informações.

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