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Portugal fará leilão e quer voltar ao mercado a longo prazo

O país leiloará 2,5 bilhões em dívidas a três, 12 e 18 meses, na quarta-feira


	Crise de dívida pública em Portugal: em 20 de fevereiro, será leiloada a dívida a três e 12 meses por um montante entre 2 e 2,5 bilhões
 (Marcel Salim/EXAME.com)

Crise de dívida pública em Portugal: em 20 de fevereiro, será leiloada a dívida a três e 12 meses por um montante entre 2 e 2,5 bilhões (Marcel Salim/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 10h29.

Lisboa - Portugal anunciou nesta segunda-feira que leiloará 2,5 bilhões de euros em dívidas a três, 12 e 18 meses, algo que deve acontecer na quarta-feira, e estuda seu retorno aos mercados de bônus a longo prazo.

O Tesouro Português fixou nesta segunda-feira o primeiro leilão de 2013, entre 2,250 e 2,5 bilhões de euros, quando os juros de seu bônus a dez anos, o que serve de referência para o mercado, estão abaixo de 6,3%, um nível não foi alcançado nos seis meses antes da concessão do resgate financeiro de Lisboa.

A Agência de Gestão de Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP) de Portugal informou que também deve leiloar outros 4,5 bilhões de euros repartidos em duas sessões em fevereiro e março.

Em 20 de fevereiro, será leiloada a dívida a três e 12 meses por um montante entre 2 e 2,5 bilhões, e em 20 de março bônus de três e 18 meses pelos mesmos montantes.

Se as condições de mercado e a demanda de títulos portugueses continuar com a tendência positiva, 'também será explorada a emissão do mercado primário de Obrigações do Tesouro' (a mais de cinco anos), assinalou o IGCP.

No entanto, as três primeiras colocações do ano já têm maior quantia do que as realizadas a cada um ou dois meses desde o resgate, e existem necessidades de financiamento de Portugal para 2013 calculadas em um total de 11,5 bilhões de euros.

Os leilões de títulos a curto prazo permitiram ao governo luso no último ano completar os fundos de resgate de 78 bilhões de euros, concedido em maio de 2011 pela União Europeia e o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Portugal, imerso na pior crise econômica das últimas décadas, com uma queda do PIB de 3% em 2012 e um índice de desemprego de quase 16%, segue um duro programa de ajustes orçamentários para reduzir o déficit fiscal até 4,5%, menos da metade do registrado há dois anos.

Segundo os acordos de resgate, Lisboa deve voltar a se financiar nos mercados apenas no final deste ano, quando terminar os fundos da ajuda internacional.

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