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Portugal capta € 1,5 bilhão e volta a pagar juros menores

A maior parte das emissões foi feita com títulos com vencimento de um ano e meio


	Moedas de euro: o resultado desta emissão reflete que a confiança dos mercados no país melhorou substancialmente em comparação com 2011 e 2012
 (Gallup/Getty Images)

Moedas de euro: o resultado desta emissão reflete que a confiança dos mercados no país melhorou substancialmente em comparação com 2011 e 2012 (Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 10h07.

Lisboa - Portugal captou nesta quarta-feira o máximo de sua emissão de dívida, 1,5 bilhão de euros, a maior parte com títulos com vencimento de um ano e meio, com juros menores do que no leilão anterior de mesmo tipo.

De acordo com dados do Tesouro luso, a rentabilidade exigida pelos investidores para adquirir 1,2 bilhão de euros em bônus a 18 meses ficou fixada em 1,5%, quando em meados de janeiro foi de 1,96%.

Os restantes 300 milhões de euro colocados no mercado foram títulos a três meses, e em troca deles Portugal aceitou juros de 0,76%, apenas 0,2% a mais do que no leilão de fevereiro.

A demanda registrada hoje pelos bônus a 18 meses duplicou em relação à oferta enquanto quase quadruplicou no caso da dívida a três meses.

O resultado desta emissão reflete que a confiança dos mercados no país melhorou substancialmente em comparação com 2011 e 2012, e por enquanto não está afetada pela crise no Chipre.

No ano passado, quando Portugal ampliou o prazo máximo de sua dívida a curto prazo até 18 meses (antes era de 12), precisou pagar juros de 3%.

No caso de seus bônus a três meses, os investidores exigiam em março de 2012 uma taxa de juros de 2,17%.

A melhora nas condições de financiamento permitiu o país voltar a emitir com sucesso dívida a longo prazo (com vencimento superior a dois anos) em janeiro, mais de seis meses antes do previsto.

Os sinais positivos que chegam dos mercados contrastam no entanto com a evolução econômica de Portugal, que prevê para 2013 uma queda do PIB de 2,3% e um aumento do desemprego de mais de dois pontos, até 18,2%. 

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