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Porto Seguro anuncia recompra de ações e revela força de diversificação

Seguradora acelera novas avenidas de crescimento e reduz dependência do seguro auto; resultado do quarto trimestre será conhecido depois do fechamento de mercado

Prédio da Porto Seguro: empresa tem investido para diversificar as áreas de negócios | Foto: Divulgação (Porto Seguro/Divulgação)

Prédio da Porto Seguro: empresa tem investido para diversificar as áreas de negócios | Foto: Divulgação (Porto Seguro/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 7 de fevereiro de 2022 às 06h30.

Última atualização em 7 de fevereiro de 2022 às 07h52.

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Uma das principais seguradoras do país, a Porto Seguro (PSSA3) divulga os seus resultados do quarto trimestre de 2021 nesta segunda-feira, dia 7, depois do fechamento do mercado. Será uma oportunidade para investidores avaliarem como anda a execução do plano de diversificação para além das apólices para automóveis, que representavam ao fim de setembro metade das receitas.

A estratégia e a execução têm sido bem avaliadas pelo mercado. Para a equipe de Equity Research do BTG Pactual (BPAC11), por exemplo, o preço-alvo da ação em 12 meses é de 32,00 reais, o que implica um upside (potencial de valorização) de 67% em relação à cotação de fechamento na sexta-feira, dia 4, de 19,18 reais.

Há outras novidades da Porto Seguro: na sexta, depois do fechamento do mercado, a empresa anunciou um programa de recompra de até 10% das ações que estão em circulação na bolsa. Os papeis acumulam queda aproximada de 25% nos últimos doze meses e não se beneficiaram até o momento da recente onda de recuperação das cotações.

A teleconferência com analistas será na terça-feira, dia 8, às 11h (horário de Brasília).

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Ao longo do último ano, a Porto Seguro reforçou ou anunciou uma série de negócios e iniciativas para reduzir a dependência do seguro automóvel e se tornar uma companhia mais diversificada.

Uma das principais frentes tem sido a de seguro saúde e odontológico, que, ao fim do terceiro trimestre, já respondia por 10% da receita total da companhia, com 1,1 milhão de vidas seguradas.

Outro destaque é a frente de serviços, que inclui desde reparos para veículos e residências -- soluções já tradicionais e estabelecidas -- até plano de saúde para animais (Porto.Pet, em parceria com a Petlove) e de assinatura para smartphones (Tech Fácil, em parceria com a Samsung).

Os novos projetos incluem até alternativas ao modelo tradicional do mercado automotivo: em novembro passado, a Porto Seguro anunciou a formação de uma joint venture com a Cosan (CSAN3) para criar a Mobitech, uma startup dedicada a negócios com assinaturas de automóveis e gestão de frotas, entre outros.

O serviço de assinatura Carro Fácil, já existente, cresceu acima de 80% em receitas no terceiro trimestre na comparação anual, o que dá a dimensão do ritmo de expansão e do potencial desse mercado -- eram 9.200 contratos ativos.

Outra iniciativa é o Bllu, um seguro de carro mais acessível e sem carência voltado para motoristas que não contam com qualquer proteção contratada na maior parte das vezes por causa do preço mais alto.

Investidores estarão atentos também aos resultados na vertical de negócios financeiros, em que a empresa atua na concessão de crédito e na venda de apólices de fiança e garantia no mercado imobiliário. Segundo recente encontro com o presidente do conselho de administração da Porto Seguro, Bruno Garfinkel, com analistas do BTG Pactual, o negócio de fiança locatícia está gerando cerca de 100 milhões de reais em receita líquida.

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