São Paulo - Além da Eletrobras (ELET3), outra companhia brasileira que enfrenta problemas nos Estados Unidos é a Cemig (CMIG4).
	As ações da empresa despencaram nesta quarta-feira (18), após a companhia ter anunciado que não entregou à SEC (órgão regulador do mercado americano) seu balanço de 2015 dentro do prazo estipulado.
	Em comunicado, a Cemig afirmou que as informações não foram entregues por não terem ainda sido finalizadas as investigações de corrupção na Norte Energia, consórcio responsável pela hidrelétrica de Belo Monte.
	A companhia já havia informado que atrasaria o envio do "Formulário 20-F", mas agora disse "ser necessário aguardar a conclusão das investigações na Norte Energia" para poder arquivar o ducumento.
	As ações preferenciais da Cemig despencaram 7,07% na Bovespa hoje, para R$ 5,52 cada uma, menor valor desde o começo do ano passado. Foi a maior perda entre todos os 59 papéis do Ibovespa, que fechou em baixa de 0,55%.
	Apenas nesta semana, a Cemig acumula queda de 11,7% na Bolsa brasileira. No mês, a desvalorização já chega a 15,1%. Nos EUA, os ADRs (recibos de ações negociados no mercado americano) da companhia cederam 7,30% nesta quarta.
	Outro lado
	Em nota enviada à EXAME.com na quinta-feira (19), a Norte Energia afirma ser "irresponsável e mentirosa a sugestão de corrupção" na companhia e que, segundo comunicado da Cemig, estão sendo apurados "eventuais descumprimentos de leis e regulamentos".
	Ainda segundo a nota, a Norte Energia reiterou "que adota padrões rigorosos de gestão e implementa constantes controles e melhorias em seus processos, inclusive com a contratação de empresa para essa finalidade".
	A empresa disse que "se submete a auditorias periódicas internas de auditores independentes e fiscalização dos agentes financiadores da UHE Belo Monte". 
	A Norte Energia ressaltou também que possui comitês de assessoramento técnico, ambiental e financeiro compostos pelos acionistas, e todos os assuntos pertinentes da empresa passam por análise prévia desses comitês antes de deliberação do conselho e do próprio comitê de auditoria.
	"Além disso, os mecanismos de controle interno são constantemente atualizados de forma a dar mais transparência aos contratos e pagamentos realizados", completou a nota.
	Investigações
	Também por investigações, a Eletrobras deixou de entregar seu balanço de 2014 à SEC, e seus ADRs foram suspensos pela NYSE, Bolsa de Nova York, que iniciou também o processo de deslistagem dos papéis.
	O prazo que a companhia tinha para apresentar o documento foi estendido por três vezes, e se esgotava hoje. 
	Segundo a Eletrobras, as informações não foram entregues por causa de investigações internas de corrupção, que estão sendo feitas pelo escritório Hogan Lovells.
	A divulgação do balanço de 2015 da estatal também está atrasada, mas a NYSE citou em nota oficial que apenas o documento de 2014 pesou em sua decisão.
	O governo, maior acionista da empresa, pretende apresentar os recursos cabíveis e disse que continuará trabalhando para finalizar os "Formulários 20-F" que estão atrasados.
	Atualizada em 19/05/2016, às 18h50.
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                    1. Oportunidades?
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1/9  (Ueslei Marcelino / Reuters)
	São Paulo - O 
Senado aprovou nesta quinta-feira (12) a abertura do processo de 
impeachment de 
Dilma Rousseff. A presidente foi afastada por até 180 dias e quem comandará o país durante este período será o vice 
Michel Temer. 	No mercado de 
ações, boa parte da troca de governo já havia sido antecipada pelos investidores, mas ainda 
há espaço para novas altas, segundo analistas.	Em relatório, o 
Santander afirmou que os bancos e as empresas dos setores elétrico, educacional e de infraestrutura deverão ser os mais beneficiados por uma melhora da 
Bolsa no pós-Dilma.	Navegue pelas fotos e descubra quais são as sete empresas preferidas do banco nestes segmentos e sua avaliação sobre cada uma delas.
 
                
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                    2. Itaú Unibanco (ITUB4)
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2/9  (.)
	Segundo o Santander, o Itaú possui retorno sobre o patrimônio líquido maior que de seu principal concorrente e historicamente superior ao seu custo de capital próprio. 	Além disso, a equipe de análise do Santander também destacou o foco do Itaú na melhora da qualidade de seus ativos, com maior exposição ao 
crédito consignado e habitacional.	O banco ressaltou ainda o mix de geração de caixa defensivo do Itaú, com apenas um terço do resultado consolidado vindo de novas concessões de crédito.	O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o Itaú nos próximos 12 meses está 29% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das 
eleições de 2014 e 15% abaixo de sua média histórica, de acordo com o Santander.
 
                
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                    3. Localiza (RENT3)
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3/9  (Divulgação)
	Segundo o Santander, o "forte" resultado trimestral divulgado em abril sugere potencial de revisão positiva nas expectativas do consenso de lucro e 
Lajida (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) para 2016 e 2017.	"Acreditamos que essas revisões positivas ainda não estejam devidamente precificadas", disse a equipe de análise do Santander em relatório. 	O banco também citou que a Localiza se beneficia da deficitária matriz de infraestrutura brasileira, já que outras alternativas de transporte, como ferroviário e fluvial, não comportam a demanda pelo deslocamento de bens e serviços.	Outro ponto positivo ressaltado pelo Santander foi o fato de a Localiza ser detentora da maior frota de 
veículos do país, o que lhe garante poder de barganha frente às montadoras, otimizando o Capex e capital de giro.
 
                
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                    4. Kroton (KROT3)
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4/9  (Germano Lüders/EXAME)
	Segundo o Santander, a posição de caixa líquido da Kroton deve favorecer futuras 
aquisições. A equipe de análise do banco destacou o "audacioso" plano de expansão da empresa, que "deve impulsionar a já forte geração de valor para os acionistas".	Além disso, o banco afirmou que o atual indicador de preço sobre 
lucro esperado para os próximos 12 meses está 37% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 20% abaixo da média histórica.
 
                
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                    5. Banco do Brasil (BBAS3)
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5/9  (Pilar Olivares/REUTERS)
	Segundo o Santander, a readequação de algumas normas do Banco Central poderiam diminuir as exigências de capital a alguns tipos de empréstimos, o que possibilitaria melhorar o índice de Basileia do BB sem a necessidade de uma futura nova capitalização.	A equipe de análise do Santander citou ainda que o BB é historicamente um bom pagador de 
dividendos e também se beneficiaria de uma queda adicional da curva de 
juros futuros por conta da melhor percepção de risco.	O atual indicador de preço sobre valor patrimonial esperado para o BB nos próximos 12 meses ainda está 39% abaixo do valor atingido logo antes do segundo turno das eleições de 2014 e 23% abaixo da média histórica, de acordo com o Santander.
 
                
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                    6. Rumo Logística (RUMO3)
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6/9  (Divulgação / EXAME)
	Segundo o Santander, o aumento de capital finalizado em abril, de R$ 2,6 bilhões, deu folga de caixa para a Rumo lidar com suas obrigações de curto prazo.	O banco também citou como ponto positivo para a companhia o fato de ela ter geração de caixa inelástica, já que 80% de todo volume transportado é para o escoamento de 
commodities agrícolas do centro-oeste para o Porto de Santos.	O alto endividamento da Rumo, de acordo com o Santander, deve se traduzir em menores despesas financeiras num futuro próximo, uma vez que a queda da 
Selic se concretize, gerando maior valor para os acionistas.	A equipe de análise do banco afirmou ainda que 80% do volume transportado pela Rumo está contratado pelo formato "take-or-pay" e é indexado pela inflação, o que garante maior estabilidade e previsibilidade no volume transportado e nas margens operacionais.	Outra vantagem para a companhia é a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política, disse o Santander em relatório.
 
                
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                    7. AES Tietê (TIET11)
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7/9  (EXAME.com)
	Segundo o Santander. os contratos firmados pela AES Tietê ao longo do último trimestre de 2015 foram bem recebidos pelo mercado.	A companhia vendeu 100 MW para fornecimento de energia em 2017 e 2018 ao preço de R$150/MWh, o que reforça a tese de preços de 
energia saudáveis no médio e longo-prazo, de acordo com o banco.	A equipe de análise do Santander também citou que a baixa alavancagem da elétrica deve favorecer a participação da empresa em novos leilões de energia durante os próximos anos.	Outras duas vantagens destacadas foram o forte 
dividend yield de 12% esperado para os próximos 12 meses e a potencial melhora do ambiente regulatório pós-ruptura política.
 
                
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                    8. Veja outras possibilidades na Bolsa
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8/9  (ThinkStock/Minerva Studio)