A mínima recorde do dólar ante o iene é de 79,75, a mínima intradia atingida em 19 de abril de 1995 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 6 de julho de 2011 às 20h04.
São Paulo - A Economatica divulgou um estudo hoje que analisa o poder aquisitivo do dólar e constatou que o Brasil, em relação a outros seis países da América Latina, apresentou a maior desvalorização da moeda norte-americana nos últimos oito anos e meio. O levantamento aponta que, no Brasil, o poder aquisitivo do dólar Ptax de venda, calculado pelo Banco Central, ajustado pela inflação medida pelo IPCA até maio de 2011, caiu 72,8% desde 31 de dezembro de 2002.
Para o levantamento, a Economatica utilizou o índice de inflação de cada país equivalente ao IPCA do Brasil. Por este critério, o segundo país com a maior desvalorização do dólar ajustada pela inflação foi a Colômbia, com 58,09%. Em terceiro lugar vem o Chile (-51,35%), seguido da Venezuela (-46,20%), Argentina (-43 30%) e Peru (-41,78%). O México é o país onde se verificou a menor queda do dólar, de 20,08%, no período estudado.
Comparando o desempenho do dólar no Brasil com as principais economias da América Latina, a moeda norte-americana também teve a maior desvalorização nominal no País, de 55,74%. Do mesmo modo a Colômbia apresentou a segunda maior desvalorização do dólar nominalmente, de 38,47%.
México, Argentina e Venezuela registraram valorização da moeda norte americana no mesmo período. No caso da Venezuela, a moeda americana se encontra congelada desde 2003, sendo que teve três ajustes até 5 de julho de 2011.
Para dimensionar o impacto do tombo do dólar sobre o poder aquisitivo do brasileiro, um cálculo mostra que em 31 de dezembro de 2002 era possível comprar uma cesta básica com US$ 100,00 e, ontem, dia 5, os mesmos US$ 100,00 permitiriam comprar somente 27,2% da cesta.