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Pode ser hora de investir em commodities, diz ex-CEO do Goldman

Lloyd Blankfein recomendou investir em setores de matérias-primas enquanto estão subvalorizados

Algumas commodities devem mostrar preços mais altos no longo prazo (JC Patricio/Getty Images)

Algumas commodities devem mostrar preços mais altos no longo prazo (JC Patricio/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 10h30.

O ex-CEO do Goldman Sachs, Lloyd Blankfein, disse que pode ser um bom momento para investir em commodities, agora que os preços estão mais baixos.

“Do ponto de vista da inflação, como investidor, acho que investir em setores de matérias-primas enquanto estão subvalorizados não é uma coisa ruim no momento”, disse Blankfein em conferência virtual de metais da CME. “Todos decidiram que nunca mais teremos pressão inflacionária, que os preços do petróleo nunca mais vão subir. Acho que não.”

O índice Bloomberg Commodity acumula queda de quase 11% desde janeiro, em comparação com retorno de 2,1% do MSCI World e de 8,8% do ETF iShares TIPS Bond.

Pode ser hora de investir em commodities, diz ex-CEO do Goldman

Os comentários de Blankfein são compartilhados pela Kopernik Global Investors, que tem cerca de US$ 3,3 bilhões em ativos sob gestão. O fundo Kopernik Global All-Cap subiu cerca de 23% neste ano, superando 97% de seus pares, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A diretora de pesquisa da Kopernik, Alissa Corcoran, disse que embora alguns eventos de curto prazo, como a destruição da demanda devido à Covid-19, não tenham sido positivos, algumas commodities devem mostrar preços mais altos no longo prazo devido à melhora dos fundamentos de oferta e demanda.

Blankfein, que entrou no Goldman como agente de vendas de metais em 1982, não está tão otimista quanto aos metais preciosos. Segundo ele, não está claro se é uma boa ideia investir em ouro e prata “porque já faz muito tempo que esses metais desempenharam papel como reserva de valor”.

O ouro subiu para cotação recorde no início de agosto e acumula ganho de quase 30% em 2020, em meio à maior demanda por ativos seguros durante a pandemia. O estímulo econômico sem precedentes de governos e bancos centrais globais também levantou o espectro da inflação, aumentando o apelo do ouro.

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