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PMIs, julgamento de Bolsonaro e audiência em Washington: o que move os mercados

No Brasil, às 9h, será divulgada pelo IBGE a produção industrial de julho, com expectativa de retração de 0,2% na comparação mensal

1ª Turma do STF: julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista de 2022 continua nesta quarta-feira (Luiz Silveira/STF/Divulgação)

1ª Turma do STF: julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus pela trama golpista de 2022 continua nesta quarta-feira (Luiz Silveira/STF/Divulgação)

Publicado em 3 de setembro de 2025 às 08h03.

O dia promete ser intenso para os mercados nesta quarta-feira, 3, com indicadores econômicos relevantes no Brasil e nos Estados Unidos, além de uma agenda política carregada em Brasília e em Washington que pode mexer com o humor dos investidores.

No Brasil, às 9h, será divulgada pelo IBGE a produção industrial de julho, com expectativa de retração de 0,2% na comparação mensal. Em relação a julho de 2024, a projeção é de alta de 0,3%, depois da queda de 1,3% no mesmo mês do ano anterior. O dado é acompanhado de perto porque ajuda a calibrar as projeções de crescimento do terceiro trimestre, especialmente após o PIB do 2º tri ter vindo dentro das estimativas.

Na sequência, às 10h, saem os PMIs da S&P Global para o mês de agosto — tanto o composto, que reúne indústria e serviços, quanto o específico do setor de serviços. Mais tarde, às 14h30, o Banco Central publica o fluxo cambial semanal. 

Além dos números, Brasília segue no centro das atenções. Às 9h, a 1ª Turma do STF retoma o julgamento da denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus pela acusação de tentativa de golpe em 2022. A sessão de hoje deve encerrar ainda pela manhã, com retorno marcado apenas para o dia 9, quando o relator Alexandre de Moraes apresentará seu voto.

Outro evento crucial acontece em Washington, às 11h, quando empresas brasileiras como Embraer e WEG, além de entidades como a CNI e a Unica, participam de uma audiência pública no Escritório do Representante de Comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês). O encontro faz parte da investigação da seção 301, que já resultou em tarifas de até 50% e pode ampliar sanções contra exportações brasileiras, em meio a pressões sobre desmatamento e regulação de pagamentos digitais.

No radar americano

Nos Estados Unidos, os investidores aguardam uma bateria de dados a partir das 11h. Entre eles estão os pedidos de bens duráveis de julho, além das encomendas à indústria e o relatório JOLTS de ofertas de emprego, que mede a demanda por mão de obra e pode influenciar apostas para o mercado de trabalho.

Às 13h, saem as vendas de veículos em agosto, seguidas pelo discurso de Neel Kashkari, membro do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC), às 14h30. A fala será monitorada em busca de sinais sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central americano).

Logo depois, às 15h, será divulgado o Livro Bege, que reúne relatos regionais sobre a atividade econômica americana e é referência para a formulação de política monetária. O dia ainda reserva, às 17h30, os dados semanais da API sobre estoques de petróleo bruto.

Na China, o destaque vem só no fim do dia: às 23h, será divulgada a taxa de desemprego de julho, com projeção de 5,1%, levemente acima do nível anterior de 5,0%.

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