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PMIs da zona do euro e dos EUA, repercussão de falas do Lula e Sabesp: o que move o mercado

Dados econômicos da zona do euro frustraram a expepctativa de analistas, que esperavam uma alta em junho, mas o índice PMI mostrou queda

Radar: mercado acompanha dados econômicos da zona do euro e dos EUA (PHAS/Getty Images)

Radar: mercado acompanha dados econômicos da zona do euro e dos EUA (PHAS/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 21 de junho de 2024 às 08h46.

Os mercados internacionais operam majoritariamente em queda na manhã desta sexta-feira, 21. Nos Estados Unidos, os índices futuros caem em um movimento de correção após o índice Nasdaq recuar na última sessão com a queda de 3,5% de Nvidia (NVDC34) - o que mostra uma correção do mercado após o recente rali. Na Europa, os mercados abriram em queda pressionadas por ações de bancos e de tecnologia, após dados preliminares de atividade econômica (PMIs) da região mostrarem inesperada fraqueza neste mês. Na Ásia, as bolsas fecharam em queda na esteira do fraco desempenho em Wall Street. Por aqui, em um cenário de volatilidade após a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), o Ibovespa futuro avança ligeiramente.

PMIs da zona do euro e dos EUA

Na agenda de indicadores econômicos, o mercado acompanha a divulgação do Índice de Gerente de Compras (PMI, na sigla em inglês) da zona do euro, divulgado pela manhã, e dos Estados Unidos, que será publicado às 10h45.

O PMI composto da zona do euro, que engloba serviços e indústria, caiu de 52,2 em maio para 50,8 em junho, atingindo o menor nível em três meses, segundo dados preliminares divulgados pela S&P Global em parceria com o banco HCOB. O resultado frustrou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam aumento do PMI composto do bloco a 52,5 neste mês.

O PMI composto da Alemanha caiu de 52,4 em maio para 50,6 em junho. O PMI industrial alemão recuou de 45,4 para 43,4 no mesmo período, contrariando as expectativas de aumento a 46,4 neste mês. Já o PMI de serviços diminuiu de 54,2 em maio para 53,5 em junho, ainda na zona de expansão, porém, abaixo do consenso da FactSet, de leve alta a 54,4.

No Reino Unido, as vendas no varejo subiram mais que o esperado em maio, porém, o PMI composto caiu de 53 em maio para 51,7 em junho, ao menor nível em sete meses, pressionado por serviços, contrariando as previsões de alta para os dois dados.

Repercussão das falas de Lula

Na tarde de ontem, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a criticar o Banco Central (BC). As falas adicionaram cautela às negociações e ainda podem repercutir no mercado nesta sexta. Em entrevista à rádio Verdinha, de Fortaleza, Lula criticou a independência do BC e lamentou o fato de não poder alterar o presidente da instituição, Roberto Campos Neto, o qual chamou de "este rapaz". Lula também lamentou a decisão do Copom em manter a Selic em 10,50% ao ano.

No início da semana, o presidente da República já havia criticado Campons Neto, dizendo que a autoridade “tem lado político” e “trabalha para atrapalhar o país”; Lula também sinalizou que indicará para a presidência do BC um nome que "não se submeta às pressões do mercado".

Sabesp (SBSP3)

O governo de São Paulo informou nesta última quinta-feira, 20, que a Oferta Pública de Ações (OPA) para privatização da Sabesp (SBSP3) poderá ser aberta nos próximos dias. O preço mínimo e a cobertura mínima para a oferta foram aprovados pela gestão estadual, porém, somente serão revelados após a conclusão da operação. O modelo de oferta da Sabesp determina a inclusão dos dois melhores preços no bookbuilding, com dois "books" abertos ao público. O vencedor será escolhido com base em critérios como maior volume de transações e preço ponderado.

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