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Plano de recuperação faz Oi viver montanha russa na Bolsa

Empresa de telefonia apresentou plano de recuperação judicial na noite da última segunda-feira (06). Ações disparam mais de 26% para depois caírem mais de 7%.


	Oi: plano de recuperação foi apresentado na última segunda-feira
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Oi: plano de recuperação foi apresentado na última segunda-feira (Dado Galdieri/Bloomberg)

Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 6 de setembro de 2016 às 11h28.

São Paulo — Pouco mais de dois meses após pedir a maior recuperação judicial da história, a Oi entregou, ontem, seu plano para o pagamento de credores. Na Bolsa, a companhia vivia um dia de montanha russa. 

Após a abertura do pregão, as ações preferencias da companhia chegaram a subir 26,5%, enquanto os ordinários registravam ganhos de até 10%. Uma hora e meia depois, os papéis preferenciais caíam mais de 7%, sendo cotados a 3,22 reais cada um. Já os ordinários registravam baixas de quase 6% e eram negociados a 3,97 reais cada um. 

Pagamentos

O plano da companhia prevê que o pagamento do principal da dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) comece a ser feito 11 anos após a homologação na Justiça. O banco é um dos principais credores da Oi e o único com garantia real.

Para os credores que não tenham garantia, a empresa apresentou algumas opções (entenda melhor as propostas) como a emissão de novos títulos conversíveis em ações. 

Para levantar recursos, a Oi deve se livrar de alguns ativos como itens de infraestrutura e as operações de telefonia móvel. Na época do pedido de recuperação, a companhia informou ter 65,4 bilhões de reais em dívidas.

Disputas

Outra notícia no radar da Oi diz respeito à disputa entre os sócios da empresa. Ontem, a Câmara de Arbitragem da BM&FBovespa ordenou que a empresa realize assembleias extraordinárias de acionistas.

Há tempos, minoritários e maioritários travam uma batalha por mudanças na estrutura da empresa. No último dos capítulos da disputa, os minoritários pediram uma assembleia para deliberar sobre a destituição de membros do Conselho de Administração (leia mais sobre). A Justiça do Rio de Janeiro, no entanto, suspendeu no final da última semana a reunião, que seria realizada na próxima quinta-feira (08).

Ontem, em mais uma reviravolta, a Câmara restaurou a convocação alegando que os conflitos societários da companhia não devem ser resolvidos na esfera judicial

Desde janeiro, as ações da companhia registram ganhos superiores a 65%. 

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