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Plano da Tesla para pagar bônus de US$ 1 trilhão a Elon Musk enfrenta resistência de consultoria

O bônus ainda pode render a Musk dezenas de bilhões de dólares, mesmo que ele não alcance a maioria de suas metas ambiciosas

WASHINGTON, DC - 30 DE ABRIL: Elon Musk, conselheiro sênior da Casa Branca e CEO da Tesla e SpaceX, participa de uma reunião de gabinete na Casa Branca em 30 de abril de 2025, em Washington, DC. Trump convocou a reunião enquanto relatórios divulgados hoje indicam que a economia dos EUA contraiu 0,3% no primeiro trimestre de 2025, o primeiro resultado negativo em três anos, impulsionado por um aumento maciço nas importações, antes das tarifas esperadas pelo governo. (Foto de Andrew Harnik/Getty Images)
 (Andrew Harnik / Equipe/Getty Images)

WASHINGTON, DC - 30 DE ABRIL: Elon Musk, conselheiro sênior da Casa Branca e CEO da Tesla e SpaceX, participa de uma reunião de gabinete na Casa Branca em 30 de abril de 2025, em Washington, DC. Trump convocou a reunião enquanto relatórios divulgados hoje indicam que a economia dos EUA contraiu 0,3% no primeiro trimestre de 2025, o primeiro resultado negativo em três anos, impulsionado por um aumento maciço nas importações, antes das tarifas esperadas pelo governo. (Foto de Andrew Harnik/Getty Images) (Andrew Harnik / Equipe/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 18 de outubro de 2025 às 06h22.

A Tesla pretende conceder um bônus US$ 1 trilhão a seu CEO, Elon Musk, mas a consultoria de representação ISS (Institutional Shareholder Services) está recomendando que os acionistas rejeitem a proposta, que pode se tornar o maior plano de remuneração já concedido a um executivo.

Não é primeira vez que a ISS se posiciona contra propostas salariais de Musk. No ano passado, ela também se manifestou contrária. Consultorias de representação são especialistas em governança e suas recomendações frequentemente influenciam grandes investidores institucionais, incluindo os fundos passivos que detêm grandes participações significativas na Tesla.

A recomendação aumenta a pressão sobre o conselho da big tech e renova o escrutínio da remuneração de Musk, especialmente após um tribunal de Delaware ter anulado seu pacote salarial de US$ 56 bilhões antes de uma reunião de acionistas marcada para 6 de novembro.

O bônus ainda pode render a Musk dezenas de bilhões de dólares, mesmo que ele não alcance a maioria de suas metas ambiciosas, graças a uma estrutura que recompensa conquistas parciais e valorização das ações

Pagamento fora dos padrões

O conselho da Tesla propôs um plano de compensação de US$ 1 trilhão para Musk, descrito como o maior da história, com metas ambiciosas e feito para manter o CEO no comando da empresa.

A ISS disse que, embora o objetivo do conselho seja manter Musk por causa de seu histórico e visão, o pacote oferece pagamentos extraordinariamente altos e limita a capacidade do conselho de ajustar futuros os níveis de remuneração.

As ações da Tesla subiram após a divulgação da proposta no mês passado, com investidores apostando que o pacote motivará Musk a focar na companhia. No ano, os papéis tiveram valorização de pouco menos de 9%.

A diretora Kathleen Wilson-Thompson afirmou que manter e incentivar Musk ajudará a Tesla a reter e atrair os melhores talentos. Diferente do acordo de 2018, Musk poderá votar suas ações, o que lhe dará cerca de 13,5% do poder de voto e assegurar a aprovação do plano.

Tesla defende proposta

A Tesla saiu em defesa da sua proposta no X, afirmando que a ISS "mais uma vez ignora completamente pontos fundamentais de investimento e governança" e acrescentou que "é fácil para a ISS dizer aos outros como votar quando eles não têm nada em jogo".

A ISS avaliou o prêmio em ações de Musk em US$ 104 bilhões, acima da estimativa da Tesla de US$ 87,8 bilhões. A concessão depende do alcance de metas de capitalização de mercado até US$ 8,5 trilhões e operacionais, incluindo 20 milhões de veículos entregues, um milhão de robotaxis e US$ 400 bilhões em lucro ajustado.

Atualmente, a remuneração de Musk como CEO da Tesla depende do cumprimento de metas de desempenho, incluindo preço das ações, lucratividade, produção e valor de mercado da big tech.

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