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Planner derruba em 34% preço-alvo da Hypermarcas após resultados

Esperávamos mais dos números, mesmo com a captura de sinergias sendo visível no balanço, diz analista

Em 2011, as ações ordinárias da Hypermarcas registram uma desvalorização de 47,5% (Germano Luders)

Em 2011, as ações ordinárias da Hypermarcas registram uma desvalorização de 47,5% (Germano Luders)

DR

Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2011 às 15h43.

São Paulo – A performance operacional da Hypermarcas (HYPE3) no segundo trimestre de 2011 não agradou o analista da Planner, Francisco Ferrazzi Kops.

Em recente relatório, Kops revisou algumas premissas e rebaixou o preço-alvo para o final de 2012 em 34,3%, de 25,15 para 16,50 reais, mas manteve a recomendação de compra devido ao alto potencial de valorização do papel, que chega a 46%.

O lucro líquido da companhia somou 53,3 milhões de reais, alta de 19,4% na comparação com o mesmo período de 2010. A receita líquida registrada foi de 936,6 milhões de reais no período, 25,4% maior do que o montante registrado no mesmo intervalo do ano passado, quando o faturamento foi de 746,7 milhões reais.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações) cresceu 38,6%, para R$ 220,5 milhões. Mesmo com o crescimento, a Hypermarcas diminuiu para 900 milhões de reais o guidance de Ebitda para o ano de 2011, enquanto as previsões anteriores projetavam Ebitda superior a 1 bilhão de reais.

“Esperávamos mais do resultado da Hypermarcas, mesmo com a captura de sinergias sendo visível no resultado da empresa. Acreditamos que o maior problema no momento seja na linha superior, com vendas fracas, principalmente em Beleza & Higiene Pessoal, o que acaba impactando as demais linhas de resultado da empresa”, conclui o analista da Planner, Francisco Ferrazzi Kops.

Em 2011, as ações ordinárias da companhia registram uma desvalorização de 47,5%.

Arrumando a casa

A Hypermarcas anunciou, nesta segunda-feira (15), uma nova estrutura organizacional dentro da companhia. A partir de agora, a empresa passará a contar com duas unidades distintas de negócios: uma do ramo farmacêutico e outra voltada para consumo. 

Segundo Claudio Bergamo, diretor-presidente da Hypermarcas e que acumulará, provisoriamente, a função de CEO da unidade farmacêutica, a estratégia é parte dos planos da companhia que visa reduzir custos e dar mais ênfase em cada atividade.
 

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