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PIB da China, produção industrial nos EUA e entrevista com Haddad: o que move o mercado

Pregão é o último antes da posse de Donald Trump, na segunda-feira, 20

Radar: dados positivos da economia chinesa podem ajudar a bolsa nesta sexta-feira, 17 (Thomas Peter/Reuters)

Radar: dados positivos da economia chinesa podem ajudar a bolsa nesta sexta-feira, 17 (Thomas Peter/Reuters)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 08h14.

No último pregão antes da posse de Donald Trump na segunda-feira, 20, o foco desta sexta-feira, 17, são os dados da China, que surpreenderam positivamente. O Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) por aqui e dados da produção industrial dos Estados Unidos também serão acompanhados.

Ontem, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central do Brasil (IBC-Br), ligeiramente acima do esperado, mostrou que a economia brasileira segue aquecida – mesmo dos dados de novembro de indústria e varejo arrefecendo. O movimento pressionou a curva de juros futuros e derrubou a bolsa.

Colaborou também para a pressão baixista o discurso do indicado de Trump ao Tesouro sobre o plano de tarifas. Scott Bessent ofuscou o otimismo anterior com os comentários do dirigente do Fed, Christopher Waller, que cogitou de três a quatro cortes de juros no ano e não descartou uma flexibilização em março.

Já Bessent, durante sua audiência de posse, apesar de não responder diretamente às perguntas dos legisladores sobre a imposição de tarifas, disse que é preciso defender os interesses dos EUA no exterior.

“Devemos proteger as cadeias de suprimentos que são vulneráveis a concorrentes estratégicos e (...) garantir que o dólar americano continue sendo a moeda de reserva mundial”, acrescentou.

O movimento impulsionou o dólar para cima e colaborou com a queda da bolsa.

Produção industrial dos EUA

O mercado também acompanha a produção industrial americana (11h15) e o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre as Perspectivas da Economia Global (11h) com projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) dos principais países em 2025.

A produção industrial americana deve se recuperar em dezembro e registrar alta de 0,3%, após queda de 0,1% em novembro.

Entrevista com Haddad

No Brasil, diretores do Banco Central (BC) reúnem-se com economistas de São Paulo e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em entrevista à CNN às 15h.

Na agenda de indicadores, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informa o IGP-10 de janeiro (8h), que deve desacelerar a 0,67%, de 1,14% em novembro. Em 12 meses, contudo, deve subir de 6,61% para 6,87%.

China

A China divulgou na madrugada seu Produto Interno Bruto (PIB) do quarto trimestre de 2024, que veio acima do esperado. Com isso, o país atingiu sua meta de crescimento de 5% no ano passado.

A expansão no último trimestre superou a previsão de 4,9%, alcançando 5,4%. Também os dados de indústria e varejo divulgados hoje surpreenderam positivamente.

A produção industrial cresceu 6,2% em dezembro, bem acima dos 5,3% esperados. Com alta de 3,7% no mês, as vendas do varejo também superaram a estimativa de 3,5%.

O governo chinês ainda informou que os preços de novas moradias caíram menos em dezembro (-5,3%) do que em novembro (-5,7%), na comparação anual. Foi o menor recuo desde agosto de 2023.

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