Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)
Publicado em 6 de março de 2023 às 07h28.
Última atualização em 6 de março de 2023 às 08h23.
As bolsas internacionais começaram o dia de forma mista, com desempenhos diversos na Ásia e futuros dos EUA e Europa subindo. Os investidores estão digerindo a meta de 5% de crescimento da atividade econômica na China determinada pelo Congresso Nacional do Povo (NPC, na sigla em inglês), e pela perspectiva de que o Federal Reserve não precisará ter atuação mais intensa no controle da inflação.
Por aqui, o destaque fica para a reunião, prevista para esta manhã, entre o presidente Lula e o ministro Fernando Haddad para debater o novo arcabouço fiscal e o programa Desenrola.
Às 6h da manhã de Brasília, os futuros de ações da Europa e dos EUA avançavam com as ações asiáticas em um rali moderado pela modesta meta de crescimento econômico da China. Após a abertura na Europa, a Bolsa de Paris e a de Frankfurt se destacavam positivamente, enquanto Londres operava no negativo e os futuros dos EUA caíam.
Os ganhos na Ásia foram liderados pelo Japão(+1,11%) e Coreia do Sul (+1,26%), onde os índices de referência subiram cerca de 1%, seguindo a alta de Wall Street na sexta-feira,3. As ações dos Estados Unidos terminaram a semana subindo, puxadas pela especulação de que o Federal Reserve não aumentará as taxas de juros além do que já está no radar.
Dow Jones futuro (Nova York): -0,05%
S&P 500 futuro (Nova York): -0,04%
Nasdaq futuro (Nova York): -0,04%
DAX (Frankfurt): +0,24%
CAC 40 (Paris): +0,42%
FTSE 100 (Londres): - 0,31%
Stoxx 600 (Europa): - 0,12%
Hang Seng (Hong Kong): +0,17%
Em 2022, segundo o governo chinês o PIB do país cresceu 3%. Agora a projeção é de alta de 5% em 2023. Os investidores viram isso como um sinal de que é improvável que os formuladores de políticas públicas em Pequim empreguem qualquer estímulo econômico em larga escala.
Nas commodities, do minério de ferro ao cobre, os indicadores caíram junto com o petróleo, dada as expectativas de que a demanda pode ser mais fraca do que o esperado anteriormente.
A aérea Azul (AZUL4) apresenta seu balanço do quarto trimestre nesta segunda-feira, 3, após o fechamento do mercado. Investidores devem ficar atentos à dívida da companhia, que tem sido uma fonte de preocupação com os juros altos no Brasil e nos Estados Unidos.
A empresa começou a negociar seus débitos com arrendadores de aeronaves. Também há R$ 700 milhões a vencer neste ano com os bancos. A Azul fechou o terceiro trimestre de 2022 com prejuízo de R$ 527,3 milhões, 31,2% abaixo do prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior.
A Movida (MOVI3) também divulga resultados nesta segunda, com investidores ainda atentos aos níveis de alavancagem da companhia. A Movida aproveitou a pandemia para renovar a frota, viu os níveis de endividamento subirem consistentemente ao longo do último ano com os juros em patamares mais elevados.
No terceiro trimestre, Renato Franklin, CEO da locadora, afirmou que a empresa deve se adaptar à dinâmica de mercado, procurando comprar carros mais simples (como os de motor 1.0) e vendendo mais SUVs, contribuindo para aumentar o tíquete médio de seminovos. A empresa fechou o terceiro trimestre com a relação entre dívida líquida e Ebitda acima de três vezes.
Lula se reúne com Fernando Haddad às 10h30 oara debater o novo arcabouço fiscal e o programa Desenrola. O ministro da Fazenda afirmou na quinta-feira, 2, que estava terminando de desenhar a proposta que apresentará hoje ao presidente.
Além disso, o presidente e o ministro devem alinhar os pontos finais do Desenrola, novo programa do governo federal cujo objetivo é facilitar a renegociação de dívidas de brasileiros com renda em até dois salários mínimos, inscritos em programas como a Serasa, por exemplo. Será feito em parceria com bancos públicos e ainda não tem data definida de lançamento, mas é esperado para esta semana.
Outro destaque macroeconômico desta segunda-feira deve ficar com a divulgação do Focus, boletim de projeções do mercado para os principais indicadores da economia brasileira.
As atenções devem se voltar para as perspectivas com a inflação, que no último Focus subiu pela 11ª vez seguida.
A divulgação do Focus será feita às 8h25 (horário de Brasília).
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