Petz: lucro da companhia sobe no terceiro trimestre (Petz/Reprodução)
Repórter
Publicado em 6 de novembro de 2025 às 05h59.
O lucro líquido contábil da Petz (PETZ3) subiu para R$ 33,4 milhões no terceiro trimestre deste ano, em uma alta de quase 50% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A companhia, segundo balanço divulgado na noite de quarta-feira, 5, encerrou o período com uma posição de caixa líquido de R$ 81 milhões, equivalente a 0,3 vez o Ebitda Ajustado dos últimos 12 meses, mesmo após o pagamento de dividendos extraordinários em novembro de 2024. Desde 2023, a empresa mantém o compromisso de não operar com dívida líquida acima de zero.
O lucro bruto, por sua vez, atingiu R$ 429,8 milhões no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 8,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, com margem bruta de 39,6%, avanço de 0,7 ponto percentual na comparação anual.
A receita B2C cresceu 7,3% na comparação anual, com avanço tanto nas lojas físicas (+8,1%) quanto no canal digital (+6,7%). A estratégia omnicanal se mostra resiliente, refletindo equilíbrio entre os canais e sustentação do crescimento.
Outro destaque foi o crescimento de 36% nas marcas próprias, que passaram a representar 12,8% do faturamento total de produtos, um avanço de 2,7 pontos percentuais. O movimento, segundo a empresa, contribuiu para a expansão de 0,7 ponto percentual na margem bruta, mesmo com a pressão promocional no segmento de Farmácia & Medicamentos.
A companhia, em documento, reforçou sua disciplina financeira e capacidade de conversão de Ebitda em caixa. Desde que iniciou uma estratégia mais focada em eficiência operacional, a Petz afirma que reduziu o ritmo de aberturas de novas lojas e ampliou a diluição de custos fixos para aumentar a eficiência operacional.
A fusão entre Petz e Cobasi, anunciada em 23 de agosto de 2024, foi aprovada sem restrições pela Superintendência-Geral do Cade em 2 de junho de 2025. Mas após recurso da empresa Petlove, o caso passou a tramitar no Tribunal do órgão.
O prazo máximo para julgamento é 2 de janeiro de 2026, considerando os 330 dias de análise — somando os 240 dias regulares e os 90 dias adicionais solicitados pelo relator. A expectativa da Petz é que a decisão final ocorra até a primeira quinzena de dezembro, antes do recesso do Cade, que começa dia 20 de dezembro.
Segundo a empresa, o parecer técnico já indicou que a operação não representa risco concorrencial, dada a alta fragmentação do setor, com baixa barreira de entrada e participação ativa de petshops independentes, grandes redes, marketplaces e supermercados.
Após ofícios enviados pelo Cade, mais de 90% dos fornecedores declararam que não se opõem à transação, segundo a Petz. A empresa resultante da fusão deverá ter aproximadamente 11% de market share.