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Petróleo sobe com ameaça da tempestade Isaac

O WTI sobe mais que o Brent, sustentado pelas incertezas do impacto do Isaac no fornecimento de petróleo dos EUA


	Petróleo: os estoques norte-americanos estão abaixo do esperado
 (Getty Images)

Petróleo: os estoques norte-americanos estão abaixo do esperado (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 28 de agosto de 2012 às 23h20.

Londres - Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta terça-feira em meio à expectativa de que a tempestade tropical Isaac leve à suspensão de parte da produção na Costa do Golfo dos Estados Unidos e comprometa o abastecimento da commodity.

O WTI sobe mais que o Brent nesta terça-feira, sustentado pelas incertezas do impacto do Isaac no fornecimento de petróleo dos EUA, particularmente em um momento em que os estoques norte-americanos estão abaixo do esperado, segundo comentário de Ole Hanson, chefe de estratégias para commodities no Saxo Bank.

"Isso ajuda a manter os preços de energia elevados", disse Hansen. "Se a (tempestade tropical) virar para o oeste, atingirá mais instalações, comprometendo um volume maior de produção e levando a um declínio da disponibilidade (de petróleo) no mercado."

Por outro lado, os ganhos dos contratos são limitados pela possibilidade de os EUA liberarem parte de suas reservas estratégicas caso se cumpra a ameaça do Isaac, que está prestes a tornar-se um furacão, segundo meteorologistas.

Na Ásia, um furação de categoria 1 forçou o fechamento de uma refinaria com capacidade de 100 mil barris por dia em Okinawa, no Japão, antes de seguir para a Península Coreana.

Enquanto isso, diminuíram as expectativas de que os EUA adotem novas medidas de estímulos porque os indicadores norte-americanos tiveram melhora desde a divulgação da última ata do Federal Reserve, na semana passada, segundo analistas. Na próxima sexta-feira, o presidente do Fed, Ben Bernanke, falará durante o simpósio anual de Jackson Hole. Foi no mesmo evento, em 2010, que Bernanke preparou o terreno para a segunda rodada de relaxamento quantitativo.

Observadores do mercado de petróleo citaram também a explosão do fim de semana na refinaria venezuelana de Amuay, que deixou ao menos 48 mortos e pode prejudicar os contratos de energia.

"Ocorrido no segundo maior complexo de refino do mundo, num momento de elevadas tensões políticas e dúvidas políticas, a paralisação (de Amuay) é importante e vai reduzir ainda mais a oferta de destilados da Bacia do Atlântico", disse o JPMorgan.

Mais tarde, os investidores vão acompanhar os dados de estoques comerciais de petróleo dos EUA, que o American Petroleum Institute (API) divulgará às 17h30 (de Brasília).

Às 9h00, o Brent para outubro subia 0,49%, para US$ 112,75 o barril, na plataforma ICE, em Londres, enquanto o WTI, também para outubro, avançava 1,08%, para US$ 96,50 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex). As informações são da Dow Jones.

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