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Petróleo recua para abaixo de US$ 100 o barril na Nymex

Redução das preocupações com uma interrupção na oferta do Iraque e os baixos níveis de demanda por combustível explicam baixa nos preços, diz estrategista


	Refinaria: petróleo para agosto caiu 0,94% (US$ 0,95) na Nymex, para US$ 99,96 por barril
 (AFP/Arquivos)

Refinaria: petróleo para agosto caiu 0,94% (US$ 0,95) na Nymex, para US$ 99,96 por barril (AFP/Arquivos)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2014 às 18h04.

Nova York - Os preços do petróleo fecharam em forte queda, com o contrato negociado na Nymex abaixo de US$ 100 por barril pela primeira vez desde maio e o Brent, negociado na ICE, na mínima em três meses.

O petróleo para agosto caiu 0,94% (US$ 0,95) na Nymex, para US$ 99,96 por barril, depois de chegar à mínima de US$ 99,01. Esse foi o fechamento mais baixo desde 6 de maio. Na ICE, o Brent para agosto recuou 1,24% (US$ 1,33), para US$ 106,02 por barril, o menor patamar desde 7 de abril.

"A redução das preocupações com uma interrupção na oferta do Iraque e os baixos níveis de demanda por combustível apagaram o prêmio de risco geopolítico (Iraque e Ucrânia) que havia empurrado os preços para as máximas em nove meses no mês passado", afirmou Eugene McGillan, estrategista da Tradition Energy.

Analistas da JBC Energy observaram que as três principais agências de petróleo - a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a Agência Internacional de Energia (AIE) e o Departamento de Energia (DoE) dos EUA - cortaram suas projeções para o crescimento da demanda por petróleo neste ano.

Além disso, a Líbia está se preparando para retomar as exportações da commodity, depois de grupos separatistas afirmarem que pretendem cumprir um acordo para reabrir importantes portos do país. A expectativa de aumento da produção de petróleo local começou a pressionar os preços do petróleo na semana passada.

No entanto, Tim Evans, analista do Citi, destacou que ainda há riscos para a oferta. "Nós achamos que o que mudou mais dramaticamente nas últimas duas ou três semanas foi o sentimento do mercado e não a real situação do setor, e esse sentimento pode mudar novamente", disse.

Às 17h30 (de Brasília), o American Petroleum Institute (API) divulga o relatório semanal sobre estoques nos EUA. Analistas preveem que houve queda de 3 milhões de barris nos estoques na semana encerrada em 11 de julho.

Fonte: Dow Jones Newswires.

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