Petróleo: commodity para julho fechou em queda de US$ 0,24 na Nymex, menor valor desde 20 de maio (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2014 às 17h25.
São Paulo - Os contratos futuros de petróleo negociados na New York Mercantile Exchange (Nymex) encerraram o pregão no menor valor em duas semanas influenciados por uma série de dados mistos da indústria global.
A commodity negociada em Londres também fechou em queda pressionada por sinais de um aumento da oferta mundial e a diminuição das tensões no Leste Europeu.
O petróleo para julho fechou em queda de US$ 0,24 (0,23%), a US$ 102,47 por barril na Nymex, o menor valor desde 20 de maio.
Já o petróleo tipo Brent, negociado na IntercontinentalExchange (ICE) em Londres, fechou em queda de US$ 0,58 (0,53%), a US$ 108,83 por barril.
Os contratos de petróleo foram prejudicados pelo índice de atividade do setor de manufatura dos EUA medido pelo Instituto para Gestão de Oferta (ISM), divulgado às 11h.
No primeiro momento, o indicador mostrava um recuo a 53,2 em maio, abaixo da previsão de subida a 55,6.
No entanto, a organização responsável pela publicação do dado fez outras duas correções no princípio da tarde, alterando-o primeiramente para alta a 56 e depois para alta a 55,4.
"A correção do ISM veio muito tarde no pregão para ajudar o petróleo bruto", disse Richard Hastings, estrategista da Global Hunter Securities.
O sinal da correção do ISM também "não era grande e forte o suficiente para mudar a trajetória principal desta segunda-feira: o mercado está começando a se afastar da referência dos US$ 103 por barril para o petróleo bruto dos EUA", afirmou o analista.
Do outro lado do Atlântico, uma série de importantes dados da economia mundial divulgados nos últimos dias também influenciou no preço da commodity.
No final de semana, a China informou que o índice dos gerentes de compras (PMI) oficial do setor industrial avançou para 50,8 em maio, a leitura mais alta do ano.
O dado aliviou temporariamente as preocupações com a desaceleração acentuada do país asiático e deu algum suporte de alta para o petróleo, que foi pressionado, por outro lado, por indicadores ruins da indústria na Europa.
Para o analista da Citi Futures Tim Evans, os dados da indústria mundial vieram majoritariamente abaixo do esperado, empurrando os preços do petróleo por não haver "nenhum sinal particular de aceleração econômica mais ampla, que seria um sinal de demanda de petróleo mais forte do que o esperado".
Do outro lado do Atlântico, os sinais dos últimos dias mostram um aumento da oferta de petróleo em importantes países produtores da commodity, como Angola, Iraque e Líbia, o que dá um viés de baixa para o Brent.
Vários analistas também observaram a recente calma entre a Rússia e a vizinha Ucrânia, que dá sinais de que a indústria petroleira russa não deve diminuir a sua produção.
Com informações da Dow Jones Newswires.