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Petróleo pode subir ainda mais, alerta príncipe saudita

Com queda de oferta e aumento de demanda, commodity acumula alta de mais de 40% em 2021

Equipamentos de extração de petróleo em campos terrestres | Foto: Nick Oxford/File Photo/Reuters (Nick Oxford/File Photo/Reuters)

Equipamentos de extração de petróleo em campos terrestres | Foto: Nick Oxford/File Photo/Reuters (Nick Oxford/File Photo/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 17 de junho de 2021 às 07h59.

A falta de novos investimentos em exploração pode desencadear um novo superciclo nos preços globais do petróleo, afirmou o ministro de Energia da Arábia Saudita.

O príncipe Abdulaziz bin Salman, que tem alertado os especuladores sobre os riscos das apostas em queda das cotações, disse durante a Robin Hood Investors Conference na quarta-feira que sua função é impedir esse superciclo, de acordo com pessoas a par do que ele falou.

Os comentários marcam uma tentativa do príncipe Abdulaziz de se comunicar diretamente com Wall Street, se dirigindo a profissionais de fundos de hedge, o que é algo raro para a nobreza saudita. Seus antecessores tinham hábito de fazer discussões a portas fechadas com vozes influentes do mercado.

“Acho que é meu trabalho e trabalho de outras pessoas garantir que esse superciclo não aconteça”, disse o príncipe. Ele acrescentou que existe o risco de um superciclo devido à “falta de investimento”.

Orçamentos de perfuração

Após notáveis perdas com o petróleo, algumas estatais e empresas de exploração internacionais reduziram orçamentos de perfuração para economizar e evitar um novo quadro de excedente de oferta.

O príncipe está entre os que entendem que os cortes talvez tenham ido longe demais e levarão a uma oferta apertada quando a demanda se recuperar.

No mercado internacional, os contratos futuros de petróleo acumulam alta de 43% em 2021, que pode resultar no melhor desempenho anual em meia década à medida que as economias retomam as atividades após a pandemia e grandes exportadores receiam aumentar a produção de petróleo.

Os contratos para o barril do tipo Brent chegaram a subir 1% nesta quarta-feira para quase US$ 75, a maior cotação desde abril de 2019.

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