PREÇOS: evolução do preço do petróleo nos últimos dez anos, com recorde positivo em 2008, e a queda recente / Investing
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2016 às 18h25.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h44.
Eram 3h45 da madrugada dessa quinta feira, quando, pela primeira vez em sete meses, o preço do barril de petróleo ultrapassou a marca dos 50 dólares. É muito menos que os 126 dólares de 2011. Mas é quase o dobro de janeiro, quando o barril chegou a ficar abaixo dos 30 – o que não dá 20 centavos de dólar por litro. Mais barato que Coca-Cola.
Ainda não se sabe quanto tempo a maré de alívio deve durar, já que os efeitos que derrubaram o preço continuam aí. A demanda está em queda, com a China crescendo em ritmo mais lento, e a América Latina e a Europa longe de seus melhores dias. A oferta continua crescendo, com os países do Oriente Médio numa corrida maluca para tirar concorrentes menos eficientes do jogo. Arábia Saudita, Irã e Iraque seguem sem querer acordo e devem melar a reunião da Organização dos Países Produtores de Petróleo na próxima quinta.
O que deu um alívio para os produtos foi uma série de eventos paralelos. A queda na produção de xisto fez os Estados Unidos aumentarem suas compras. Na China e na Índia a demanda cresceu cerca de 10% impulsionada pelos preços baixos. A Nigéria sofre com vazamento em oleodutos, ameaça de greve geral e ataques aos campos de produção. No Canadá, sucessivos incêndios destroem seus campos de exploração. Na Líbia, facções rivais que disputam a produção de petróleo no país bloquearam o terminal de exportação.
Tudo isso contribuiu para os 50 dólares de ontem, mas convém não se enganar. Poucas horas depois de atingir a marca, o petróleo já voltou a cair. E fechou o dia na casa dos 49 dólares outra vez.