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Petróleo opera volátil, à espera de discurso de saudita

Às 10h17 (de Brasília), a tendência era negativa. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril caía 0,40%, a US$ 34,55 por barril


	Petróleo: às 10h17 (de Brasília), a tendência era negativa. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril caía 0,40%, a US$ 34,55 por barril
 (Spencer Platt/AFP)

Petróleo: às 10h17 (de Brasília), a tendência era negativa. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril caía 0,40%, a US$ 34,55 por barril (Spencer Platt/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de fevereiro de 2016 às 10h52.

São Paulo - Os futuros de petróleo mostram volatilidade nesta manhã, enquanto os investidores ponderam os fatores que pressionam e sustentam os mercados da commodity e aguardam um discurso de uma influente autoridade saudita.

Às 10h17 (de Brasília), a tendência era negativa. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para abril caía 0,40%, a US$ 34,55 por barril, , enquanto na New York Mercantile Exchange (Nymex) o petróleo para o mesmo mês recuava 1,20%, a US$ 32,99 por barril.

Embora tenha chegado a subir cerca de 1% na ICE mais cedo, o petróleo é pressionado por operadores que buscam realizar lucros, após os contratos avançarem mais de 5% na sessão anterior, tanto em Londres quanto em Nova York.

Ontem, a Agência Internacional de Energia (AIE) previu que a produção de petróleo dos EUA cairá significativamente neste e no próximo ano. Por outro lado, a AIE também acredita ser improvável que os preços da commodity se recuperem significativamente nos próximos anos.

Para Edward Bell, analista do banco NBD, que tem sede em Dubai, os negócios com petróleo já não vêm mais se baseando nos fundamentos e, em um ambiente de aversão a risco, muitos operadores não estão digerindo as informações disponíveis de forma adequada.

Na semana passada, Arábia Saudita, Rússia, Catar e Venezuela fecharam um acordo para congelar a produção nos níveis de janeiro. O sucesso do acordo, porém, depende da participação de outros grandes produtores. O Irã, por exemplo, está relutante em limitar sua produção.

Ontem, o secretário geral da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), Abdalla Salem el-Badri, afirmou que o grupo está discutindo o possível congelamento da produção com a Rússia e outros países produtores.

Segundo El-Badri, esse seria o "primeiro passo" no sentido de uma solução para a forte queda nos preços da commodity e poderá durar de três a quatro meses.

Mais tarde, os operadores vão acompanhar de perto um discurso do ministro de Petróleo da Arábia Saudita, Ali al-Naimi, durante uma conferência de energia em Houston.

Os sauditas, que lideram a Opep, vêm desde o ano passado elevando a produção de forma agressiva, numa estratégia para defender sua fatia de mercado. 

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