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Petróleo opera perto da estabilidade, após dados da China

Meracdo reage a números da China sobre o setor

China: informou que sua produção doméstica ficou em média em cerca de 4 milhões de barris por dia no primeiro semestre (Edgar Su/File Photo/Reuters)

China: informou que sua produção doméstica ficou em média em cerca de 4 milhões de barris por dia no primeiro semestre (Edgar Su/File Photo/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de julho de 2017 às 08h50.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 09h12.

Londres - Os contratos futuros de petróleo oscilavam perto da estabilidade nesta segunda-feira, em meio a preocupações de que os estoques mostrem-se resistentes aos cortes na produção liderados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Além disso, o mercado reagia a números da China sobre o setor.

Às 8h18 (de Brasília), o petróleo WTI para agosto caía 0,19%, a US$ 46,45 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex),e o Brent para setembro recuava 0,06%, a US$ 48,88 o barril, na ICE, ambos em sessão volátil.

Os preços oscilavam entre ganhos e perdas nesta manhã, em meio a expectativas no mercado de um excesso de oferta em 2018. As projeções de um recuo nos estoques no segundo semestre do ano atual, porém, deram certo impulso aos preços no curto prazo, segundo Bjarne Schieldrop, analista-chefe de commodities da SEB Markets.

Na primeira semana de julho, os estoques caíram mais que o normal para o período. Por outro lado, o número de poços e plataformas de petróleo em atividade subiu 2 na última semana nos EUA, para 765, segundo a Baker Hughes.

Houve uma reação recente nos preços, mas a visão pessimista no longo prazo prevalece. "A retomada está seguindo limites, é o que vemos hoje", afirmou Schieldrop. Ainda assim, há sinais de demanda forte dos chineses, o que ajuda a apoiar os preços da commodity.

A China informou nesta segunda-feira que sua produção doméstica ficou em média em cerca de 4 milhões de barris por dia no primeiro semestre, em queda de 5,1% na comparação com igual período do ano anterior. Já as importações do país subiram 14% na mesma comparação, para 8,5 milhões de barris por dia, o que consolida a posição da China como o maior importador de energia do mundo.

Analistas dizem que, enquanto os preços do petróleo continuem a estar relativamente baixos, as refinarias chinesas continuarão a comprar para elevar seus estoques. A crescente demanda do país pela commodity é um dos principais pilares para apoiar o mercado, enquanto o excesso de oferta persiste. "Ao longo da noite, os preços obtiveram apoio dos dados da China que apontam para uma demanda robusta por petróleo", afirmou em nota o Commerzbank.

Os investidores estarão atentos aos dados semanais de estoques dos EUA, para analisar se os preços fracos levam a uma desaceleração na produção de xisto no país. Também haverá expectativa por uma reunião que ocorre em Moscou na próxima semana, onde alguns delegados da Opep devem discutir se Nigéria e Líbia entram no acordo para cortar a produção e apoiar os preços. Fonte: Dow Jones Newswires.

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