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Petróleo opera estável após tensão geopolítica impulsionar preços

Consultoria JBC Energy afirma que o mercado de petróleo foi apoiado pelos protestos e pela tensão entre Irã e os Estados Unidos

Petróleo: às 9h33 (de Brasília), o petróleo WTI para fevereiro subia 0,23%, a US$ 61,77 o barril (Thinkstock/Thinkstock)

Petróleo: às 9h33 (de Brasília), o petróleo WTI para fevereiro subia 0,23%, a US$ 61,77 o barril (Thinkstock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 11h04.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam sem muito impulso, após os protestos em andamento no Irã levarem os preços a atingir máxima em três anos.

Às 9h33 (de Brasília), o petróleo WTI para fevereiro subia 0,23%, a US$ 61,77 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para março tinha baixa de 0,13%, a US$ 67,75 o barril, na ICE. Mais cedo, o Brent atingiu US$ 68,27 o barril, na máxima desde maio de 2015.

Manifestações contra o governo no Irã ao longo da última semana foram em parte impulsionadas pelo quadro econômico.

Dois anos após o país se livrar de sanções econômicas, não foi vista a melhora esperada pela população.

Alguns líderes estrangeiros, entre eles o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm se mostrado críticos sobre o governo do Irã.

Trump tem criticado o uso de dinheiro por Teerã em conflitos no exterior, outro ponto evocado pelos manifestantes.

A consultoria JBC Energy afirma que o mercado de petróleo foi apoiado pelos protestos e pela tensão entre Irã e Washington. "A potencial volta de sanções dos EUA contra o setor de petróleo iraniano segue como uma questão."

Os EUA devem revisar vetos temporários às sanções contra o Irã ainda neste mês. Por ora, as exportações iranianas não foram afetadas.

Analistas também apontaram para a piora na perspectiva econômica em alguns importantes produtores, como a Venezuela.

Analista do norueguês DNB Bank, Torbjorn Kjus destaca o quadro no país e lembra que Caracas deixou de pagar dívida recentemente.

Kjus vê o risco de que a Venezuela possa "entrar em colapso" em 2018, o que poderia resultar em vários cenários, de um golpe a uma greve geral, ou a um lento estrangulamento da economia local. O analista diz que a produção venezuelana tem caído cerca de 50 mil barris por mês.

Outro fator é o frio acima da média em regiões dos EUA, que apoia os preços diante da demanda por combustível para calefação. Há ainda o temor de que o tempo ruim possa gerar problemas no fornecimento de energia. Fonte: Dow Jones Newswires.

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