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Petróleo opera em forte queda, após recuo nas ações da China

Às 7h55, o petróleo para outubro caía 3,61%, a US$ 38,99 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex)


	Efeito China: Às 7h55(horário de Brasília), o petróleo para outubro caía 3,61%, a US$ 38,99 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex)
 (Getty Images)

Efeito China: Às 7h55(horário de Brasília), o petróleo para outubro caía 3,61%, a US$ 38,99 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex) (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de agosto de 2015 às 08h39.

Londres - O petróleo opera em forte baixa, em meio à onda de quedas entre as commodities, diante da queda nas ações da China.

As preocupações sobre o crescimento econômico global fazem investidores evitarem o petróleo, levando a cotação a seus níveis mais baixos em mais de seis anos.

Às 7h55 (de Brasília), o petróleo para outubro caía 3,61%, a US$ 38,99 o barril na New York Mercantile Exchange (Nymex), enquanto na plataforma ICE, em Londres, o petróleo Brent recuava 3,72%, a US$ 43,77 o barril na plataforma ICE, em Londres.

As quedas ocorrem após um declínio de 8,5% no índice Xangai Composto. A China é o maior consumidor global de commodities e o segundo maior mercado para o petróleo, atrás apenas dos Estados Unidos.

"O sentimento não é bom", disse Tamas Varga, analista da PVM. "O mercado chinês está de joelhos e havia uma esperança entre os otimistas no petróleo de que a demanda da China pudesse sustentar" o mercado, apontou ele. Os sinais negativos vindos da potência asiática, porém, dificultam essa visão otimista.

Os preços têm sido pressionados há vários meses, diante dos temores sobre o excesso de produção. A queda, porém, piorou nas últimas semanas, ante temores de uma forte desaceleração na economia chinesa e seu impacto sobre os mercados globais.

A recente desvalorização do yuan gerou mais incertezas no mercado, provocando o temor de que as importações chinesas de petróleo e de commodities em geral recuem mais.

A demanda chinesa pela maioria das commodities teve uma queda forte desde que a segunda economia mundial começou a mostrar sinais de desaceleração no crescimento. Mas sua demanda por petróleo tem se sustentado ante outras commodities, já que o país tem aumentado seu estoque.

O excesso de oferta segue como um fator a pressionar os preços, diante da produção recorde de produtores cruciais, como a Arábia Saudita, e a expectativa de que o Irã volte a exportar mais, após chegar a um acordo nuclear com várias potências.

Nos EUA, os preços são pressionados pela forte produção de xisto, que resiste apesar dos baixos preços. Na mais recente contagem, o número de poços e plataformas em atividade nos EUA subiu 2, para 674, segundo a consultora do setor Baker Hughes.

Analistas se questionam sobre qual pode ser o piso para a commodity. Muitos acreditam que ele pode ainda levar vários meses para chegar um piso, diante do excesso de oferta.

A Citi Research afirma em nota que as mínimas de 2008, quando o petróleo atingiu US$ 32,40 o barril durante a crise financeira, são "uma realidade concebível" atualmente.

Como a China consome 12% do petróleo global, muitos acreditam que um colapso nas importações do país seria catastrófico para o mercado.

Alguns, porém, apontam que isso não acontecerá. O diretor de pesquisa em commodities do Morgan Stanley, Adam Longson, disse que, apesar de dados macroeconômicos fracos, a maior parte da demanda chinesa por petróleo resiste.

Na avaliação dele, de fato os fundamentos do mercado não são fortes, mas a fraqueza é excessiva, por causa do sentimento negativo.

Em nota divulgada no fim de semana, o Société Générale aponta que, com as preocupações sobre o crescimento global e a temporada de manutenções nas refinarias, os preços devem seguir pressionados, a menos que apareça algum fator novo capaz de impulsioná-los. 

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