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Petróleo opera em alta com maior tensão na Ucrânia

Durante o fim de semana, os conflitos no Leste Europeu ganharam força


	Barris de petróleo: às 9h45 (de Brasília), o petróleo para junho ganhava 0,29% na Nymex, a US$ 100,06 por barril
 (Joe Mabel/Wikimedia Commons)

Barris de petróleo: às 9h45 (de Brasília), o petróleo para junho ganhava 0,29% na Nymex, a US$ 100,06 por barril (Joe Mabel/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2014 às 10h21.

Londres - Os contratos futuros de petróleo negociados em Nova York operam em alta nesta segunda-feira, após o aumento das tensões geopolíticas na Ucrânia.

Durante o fim de semana, os conflitos no Leste Europeu ganharam força e agora há duas frentes de confrontos entre tropas ucranianas e manifestantes pró-Rússia.

Antes restritas ao leste do país, as manifestações favoráveis a Moscou também chegaram ao sul da Ucrânia, especialmente em Odessa - a terceira maior cidade da Ucrânia.

As trocas de tiros na cidade de Odessa deixaram mais de 40 mortos, segundo relatos da mídia local e internacional.

O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que uma segunda rodada de negociações diplomáticas em Genebra é necessária diante da intensificação do conflito geopolítico na Ucrânia.

O pedido foi feito depois que ativistas pró-Rússia invadiram uma delegacia de polícia em Odessa e libertaram cerca de 70 ativistas .

As tensões entre a Rússia, a Ucrânia e países do Ocidente têm permanecido no radar do mercado de petróleo, uma vez que a Rússia está entre os maiores produtores de petróleo do mundo.

A Rússia, a Ucrânia, a União Europeia e os EUA mantiveram negociações em abril sobre a situação, mas um acordo para acalmar as tensões na Ucrânia fracassou. 

O presidente dos EUA, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram na sexta-feira que as sanções podem ser ampliadas para partes inteiras da economia da Rússia se Moscou dificultar a eleição presidencial da Ucrânia em 25 de maio.

Enquanto isso, o ministro do Petróleo do Irã, Bijan Namdar Zanganeh, sinalizou no domingo que o país está disposto a fornecer gás natural para a Europa, se a Rússia restringir a própria oferta em retaliação contra as sanções da União Europeia.

O mercado de petróleo também deve ficar atento aos acontecimentos na Líbia, onde manifestações no campo de El Sharara terminaram depois de o local ser ocupado por grupos locais desde fevereiro, disse o Commerzbank em nota a clientes.

"Dito isso, a produção de petróleo no segundo maior campo petrolífero da Líbia, que tem uma capacidade de produção diária de 340 mil barris, não pode ser retomada porque outros manifestantes continuam a bloquear um duto necessário para transportar o petróleo", escreveram analistas do Commerzbank.

"Se a produção puder ser retomada, isso aumentará significativamente a produção de petróleo da Líbia e pesará sobre o preço do Brent".

Entre outras notícias, a China importou cerca de 6,87 milhões de toneladas de petróleo bruto do Irã no primeiro trimestre deste ano, um aumento de 36% ante o mesmo período do ano anterior e avanço mais acentuado desde o quarto trimestre de 2011, segundo a agência de notícias Xinhua.

"Exportações iranianas de petróleo bruto subiram desde que o Irã e os EUA chegaram a um acordo sobre a questão nuclear de Teerã, em novembro de 2013, e os EUA não impuseram mais sanções", disse a agência.

O petróleo bruto do Iraque enviado para a China também subiu 11% no primeiro trimestre. Analistas esperam que um aumento substancial das exportações de petróleo do Irã e do Iraque pressionem os preços globais do petróleo.

Às 9h45 (de Brasília), o petróleo para junho ganhava 0,29% na Nymex, a US$ 100,06 por barril, e o brent para junho recuava 0,29%, a US$ 108,27 por barril, na ICE, em meio a um feriado bancário em Londres. Fonte: Dow Jones Newswires.

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