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Petróleo opera em alta após queda em estoques dos EUA

Além disso, os preços estão ganhando suporte de tensões no Norte da África


	Barris de petróleo: às 9h35 (de Brasília), o brent para fevereiro avançava 0,20%, a US$ 107,56 por barril, na plataforma eletrônica ICE
 (Spencer Platt/Getty Images)

Barris de petróleo: às 9h35 (de Brasília), o brent para fevereiro avançava 0,20%, a US$ 107,56 por barril, na plataforma eletrônica ICE (Spencer Platt/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de janeiro de 2014 às 09h05.

Londres - Os contratos futuros de petróleo bruto operam em alta na manhã desta quarta-feira, depois que dados mostraram uma redução nos estoques dos EUA. Além disso, os preços estão ganhando suporte de tensões no Norte da África.

O American Petroleum Institute (API, uma associação de refinarias) informou ontem à noite que os estoques caíram 7,3 milhões de barris na semana encerrada em 3 de janeiro. O resultado sinaliza um certo aperto no mercado, o que pode sustentar os preços.

Além disso, os preços do petróleo brent se recuperaram ligeiramente na terça-feira após cinco dias de quedas desencadeadas pela reabertura de um campo de petróleo importante na Líbia.

Segundo o JBC Markets, as capacidades de exportação da Líbia permanecem limitadas, apesar do sucesso do governo em recuperar o controle sobre o campo de El-Sharara, que tinha sido fechado por vários meses.

Sobre o ano de 2014, as opiniões estão dividas no que se refere ao futuro dos preços e a relação entre oferta e demanda.

O aumento da demanda de economias emergentes poderão contrabalançar o excesso de oferta vindo do xisto na América do Norte, sugerem analistas da Global Risk Management.


"O aumento da produção de óleo de xisto tem ajudado a evitar um grande aumento do preço do petróleo até agora, em meio a problemas de oferta no Irã, Líbia e, mais recentemente, no Sudão do Sul", escreveram em uma nota a clientes.

"O crescimento da demanda parece estar aqui para ficar tendo em vista que a demanda dos mercados emergentes mais do que compensou a queda de países ocidentais".

Mas o cenário oposto também é possível, disse David Hufton, da corretora PVM.

"O ano tem o potencial de oferecer um colapso de preço de petróleo, que produziria um estímulo econômico global inesperado, mas também teria algumas consequências geopolíticas desagradáveis", especificamente mais instabilidade no Oriente Médio, visto que a Arábia Saudita compete com outros membros da OPEP para decidir quem deve absorver os efeitos de um excesso global de petróleo através do corte de produção.

Às 9h35 (de Brasília), o brent para fevereiro avançava 0,20%, a US$ 107,56 por barril, na plataforma eletrônica ICE, em Londres, enquanto na Nymex, o petróleo para fevereiro tinha alta de 0,12%, a US$ 93,78 por barril. Fonte: Dow Jones Newswires.

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