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Petróleo opera em alta, à espera de dados de estoque dos EUA

Além disso, o dólar mais fraco colabora para o movimento positivo

Investidores: aguardam agora números de estoques na última semana dos EUA (Germano Luders/Exame)

Investidores: aguardam agora números de estoques na última semana dos EUA (Germano Luders/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de julho de 2017 às 10h07.

Londres - Os contratos futuros de petróleo operam com modestas altas na manhã desta terça-feira, à espera de novos números dos estoques da commodity nos Estados Unidos. Além disso, o dólar mais fraco colabora para o movimento positivo.

Às 7h46 (de Brasília), o petróleo WTI para setembro avançava 0,35%, a US$ 46,18 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para setembro subia 0,45%, a US$ 48,64 o barril, na ICE.

A produção total de xisto dos EUA deve avançar 113 mil barris por dia em agosto na comparação com o mês anterior, para chegar a 5,585 milhões de barris por dia, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). Caso se confirme, esse seria o oitavo avanço mensal consecutivo.

Investidores aguardam agora números de estoques na última semana dos EUA, divulgados às 17h30 pelo American Petroleum Institute (API), já depois do fechamento.

O aumento na produção americana de xisto ocorre no momento em que o mercado está preocupado com o excesso de estoques, que não mostram sinal de recuo apesar do acordo para cortar a produção liderado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e com a participação de outros gigantes do setor, como a Rússia.

Analista da corretora PVM, Stephen Brennock afirmou que há poucos sinais de que a disputa entre a Opep e os produtores de xisto chegue ao fim, o que deve deixar os contratos oscilando dentro de uma faixa, à espera do próximo catalisador do mercado.

Nesta quarta-feira, será divulgado o dado oficial de estoques semanais do DoE. Na avaliação da S&P Global Platts, os estoques de petróleo dos EUA devem recuar 3 milhões de barris por dia, enquanto os de gasolina e destilados devem recuar 500 mil e 700 mil na última semana, respectivamente.

Além das preocupações com o excesso de oferta, influi o fato de que o Equador decidiu não cumprir o limite de produção imposto pela Opep. Em dificuldades de caixa e endividado, o governo de Quito afirmou que não poderá continuar a cortar a oferta, em meio aos preços baixos do barril. Inicialmente, o país havia se comprometido a cortar sua produção em 26 mil barris por dia. Em maio, a produção equatoriana foi de 528 mil barris por dia, cerca de 1,6% da produção total do cartel.

A decisão do Equador abre a possibilidade de que outros participantes dos cortes também desistam, diante do aumento na produção dos EUA, da Líbia e da Nigéria. Há atenção sobre a reunião da Opep em São Petersburgo, na Rússia, nesta segunda-feira, quando deve ser discutido o cumprimento da iniciativa e a possibilidade de que Líbia e Nigéria se juntem a ela. Um limite na produção dos dois países pode melhorar o sentimento do mercado, mas analistas afirmam não esperar que isso na prática retire barris do mercado.

No câmbio, o dólar está mais fraco em geral nesta manhã, o que torna o petróleo mais barato para os detentores de outras moedas e aumenta o apetite dos investidores. Fonte: Dow Jones Newswires.

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